FONTE: Débora Lublinski, Colaboração para o UOL, em São Paulo (http://estilo.uol.com.br).
Você nem se dá conta, mas passar o dia checando a
sua timeline no Facebook, documentar a sua rotina com selfies no
Instagram e acompanhar a sua série favorita na Netflix -- às vezes, até tarde
da noite -- podem afetar a sua beleza. Veja cinco sinais de como a tecnologia
em excesso pode estar prejudicando a sua pele:
Rugas no pescoço.
Como são causadas: Batizadas
pela imprensa americana de tech neck (pescoço tecnológico), elas
marcam a pele como se fossem colares. A área, naturalmente delicada e sensível
por ser muito fina e não ter glândulas sebáceas, fica ainda mais vulnerável
graças à inclinação frequente da cabeça para baixo a fim de olhar o celular ou
outro dispositivo. "Um estudo da Universidade de Chung-Ang, na Coreia do
Sul, indica que mulheres a partir dos 29 anos já apresentam vincos nessa
região. Segundo a pesquisa, o número de pacientes com rugas no pescoço vem
aumentando", conta Claudia Marçal, dermatologista de Campinas (SP).
O que fazer: Quase sempre
esquecida, até mesmo por quem cuida bastante do rosto, a pele do pescoço
precisa de mais hidratação, utilizando cremes com ativos firmadores,
antioxidantes e vitaminas. "Além disso, o ideal é erguer o smartphone até
a altura dos olhos", aconselha.
Flacidez no
rosto.
Como é causada: Manter o rosto
inclinado para baixo e para a frente também acelera o processo de flacidez da
pele. "Nessa posição, o platisma, um músculo que contorna a linha da
mandíbula e chega até a clavícula, perde o tônus. Isso deixa o pescoço e as
maçãs do rosto flácidas, conferindo aparência caída e triste", explica
Roseli Siqueira, esteticista e cosmetóloga de São Paulo. Essa mesma postura
também contribui para o aparecimento da papada e das rugas que descem do canto
da boca para o queixo.
O que fazer: Para prevenir, não
fique com o celular sempre na mesma posição e alongue os músculos,
especialmente os da cervical (atrás do pescoço), com regularidade. Roseli
sugere ainda exercícios
de ginástica facial, que devolvem o tônus ao platisma.
Manchas.
Como são causadas: Diversos
estudos já provaram que a luz visível e a radiação infravermelha também causam
manchas no rosto. "Isso significa que a luminosidade e o calor emitidos
pelos aparelhos eletrônicos também estimulam a produção de melanina, o pigmento
da pele, podendo manchá-la", fala Iracema Bazzo, dermatologista de São
Paulo. Além disso, há o aumento de radicais livres, moléculas que aceleram o
envelhecimento.
O que fazer: Usar filtro solar
até mesmo em ambientes fechados. Opte por produtos que tenham FPS maior que 30,
filtro UVA na fórmula e cor de base, que garante proteção extra para evitar o
melasma (mancha amarronzada que aparece nas maçãs do rosto, na testa e no
buço). "Vale também usar o fone de ouvido para manter o rosto longe do
celular e impedir que o calor se propague para a pele", sugere Iracema.
Olheiras.
Como são causadas: Apesar de já
se saber que as olheiras têm relação genética e hereditária, as manchas
arroxeadas ao redor dos olhos podem aparecer ou piorar com o uso exagerado dos
dispositivos eletrônicos. "A luz e o calor emitidos pelos aparelhos podem
desencadear a pigmentação da pele", lembra Iracema. Roseli Siqueira
levanta outra causa: "Como passamos muito tempo com o olhar parado, fixo
nas telas, há menor irrigação de sangue na região. Isso leva ao escurecimento
da área assim como prejudica a firmeza dos músculos ao redor dos olhos,
causando flacidez nas pálpebras", explica.
O que fazer: Se afastar do
celular antes de deitar. Não dá para esquecer da relação entre luminosidade dos
eletrônicos com a insônia. Quem fica conectado até tarde pode acordar com
olheiras simplesmente porque a luz artificial impede a produção de melatonina,
hormônio que regula o sono.
Rugas ao redor da
boca.
Como são causadas: Mais
associadas ao tabagismo, as rugas chamadas de código de barras, ou seja, linhas
finas ao redor da boca, também podem aparecer por causa de outros movimentos
repetitivos. É o caso do duck face, aquele biquinho típico das selfies.
"A contração constante dos mesmos músculos vai tensionando e marcando a pele
a longo prazo. Isso é ainda pior quando a pele é fina, clara e estiver
desprotegida, sem o uso de hidratante", acredita Claudia Marçal. A mesma
coisa acontece com as rugas na testa, o vinco entre as sobrancelhas e os
pés-de-galinha -- essas marcas são mais prováveis em quem contrai os olhos
repetidamente para enxergar melhor as letrinhas do smartphone.
O que fazer: Evitar fazer tantas
caras e bocas e manter a pele sempre hidratada.
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