Resumo da notícia
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Jiló
possui nutrientes como vitaminas A, C e do complexo B, minerais como cálcio,
ferro, potássio, magnésio e fósforo, além de muitos flavonoides
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Por
isso ele é benéfico para quem quer emagrecer, tem anemia ou mau hálito
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Não
existem contraindicações ao jiló, a não ser que a pessoa tenha alergia. Para
tirar seu sabor amargo, basta deixá-lo de molho em água com sal
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O jiló é conhecido pelo
seu sabor amargo e é um fruto relativamente pequeno (arredondado ou comprido),
de coloração verde escura e casca lisa brilhante. Ele apresenta a polpa macia,
porosa e com pequenas sementes brancas.
Do ponto de vista
nutricional, o alimento possui em sua composição as vitaminas A, C e do
complexo B, minerais como cálcio, ferro, potássio, magnésio e fósforo, além de
muitos flavonoides (antioxidantes). Em relação ao seu valor calórico, uma
porção de 100 g do alimento possui somente 27 calorias, 1,4 g de proteínas, 6,2
g de carboidratos e 4,8 g de fibras.
No Brasil, ele é
cultivado principalmente na região sudeste --o Rio de Janeiro responde por 30%
da produção nacional do fruto. Também é muito popular no estado de Minas
Gerais. Confira, a seguir, seus principais benefícios, os riscos e
contraindicações, além das formas de consumo.
1.
Ajuda a emagrecer.
Um dos principais benefícios
do jiló é auxiliar na perda de peso. Quem está buscando emagrecer pode se
beneficiar de seu consumo pelo fato dele ser pouco calórico e rico em água
(aproximadamente 90% do alimento), que promovem a sensação de saciedade. Assim,
ao acrescenta-lo à dieta, fica mais fácil de controlar o apetite. Mas o
alimento precisa ser associado a hábitos saudáveis, com alimentação equilibrada
e a prática regular de exercícios físicos.
2.
Combate o mau hálito.
O jiló é um poderoso
aliado no combate à halitose. Isso ocorre justamente por conta de seu sabor
amargo, que estimula as glândulas salivares. O aumento da salivação tem uma
poderosa ação bactericida, que ajuda a manter o hálito mais fresco.
3.
Ajuda quem tem anemia.
O jiló é uma boa fonte
de ferro e, por isso, pode ser um ótimo adjuvante no tratamento da anemia,
principalmente a ferropriva, que é a anemia causada pela privação ou diminuição
dos níveis de ferro no organismo. Estudos
demonstram que a carência de ferro é a deficiência nutricional mais comum no
mundo, o que demonstra a importância do consumo das fontes alimentares de
ferro.
4.
Colabora com a pressão arterial.
O jiló é rico em
potássio. Uma porção de 100 g do alimento possui 213 mg do mineral. O potássio
é reconhecido como um mineral que ajuda a baixar a pressão arterial, pois ele
regula os níveis de sódio no sangue.
5.
É benéfico para o coração.
Por ajudar a regular a
pressão arterial, o jiló é um aliado do coração. Mas além de ser rico em
potássio, o alimento também possui vitamina B1, a tiamina, que ajuda no bom
funcionamento do órgão. Estudos sugerem que a suplementação de tiamina pode ser
benéfica para pacientes com insuficiência cardíaca. Além do mais, o jiló tem
flavonoides em sua composição, compostos que combatem os radicais livres, um
dos responsáveis pelo entupimento e inflamação das artérias. Esse componente,
ao lado dos alcaloides e esteroides, também colabora para a redução dos níveis
de colesterol ruim (LDL) no sangue, o que contribui com a saúde cardiovascular.
6.
Faz bem para a pele.
Por ser rico em
antioxidantes e água, o jiló é um alimento benéfico para a pele e os anexos
cutâneos, como unhas e cabelos. Os antioxidantes combatem os radicais livres e
previnem o envelhecimento precoce ou acelerado, enquanto a água ajuda a
hidratar a pele. Além do mais, o jiló também possui propriedades antifúngicas e
antibactericidas, que ajudam a manter a saúde dermatológica.
7.
Ajuda a combater o diabetes.
Por ter boas
quantidades de fibra e ser pobre em carboidratos, o jiló ajuda a controlar a
absorção de glicose, evitando os picos e quedas súbitas do açúcar no sangue.
Assim, é um alimento interessante para se adicionar à dieta visando uma
alimentação mais saudável que ajude a controlar o diabetes.
Riscos
e contraindicações.
O jiló é um alimento
bastante saudável e que em geral não possui contraindicações. Porém, pode
ocorrer casos de alergia. Pessoas com esse tipo de reação devem evitá-lo. Além
disso, por ser rico em ferro, deve ser consumido com moderação por pessoas que
têm excesso desse mineral no organismo. Também deve ser evitado por pessoas que
sofram de diarreia, uma vez que é rico em fibras e água que, associadas, favorecem
o funcionamento do intestino.
Como
consumir.
Na hora da compra opte
pelos frutos de casca verde, lisos e brilhantes, sem pontos escuros. O prazo de
validade do alimento é de 2 a 3 dias. Após esse período, ficam impróprios para
consumo com alteração no sabor e textura. O jiló, apesar da fama incômoda de
alimento amargo e pouco saboroso, é versátil e pode ser consumido de várias
formas, cru ou cozido, em saladas, refogados, acompanhando assados e farofas, e
até mesmo em sucos.
Uma receita comum é a
do suco de jiló com limão, que é uma mistura muito rica em vitamina C e que
ajuda a eliminar toxinas do organismo. Outra opção é o suco de jiló com couve,
que também possui o efeito "detox". Uma dica é refogar o jiló com
outros ingredientes, como cebola, alho e farinha de mandioca, o que o torna
menos amargo e mais saboroso. No entanto, para melhor aproveitar os benefícios
do alimento, o ideal é evitar as frituras.
Outra dica para tirar o
sabor amargo do alimento consiste em deixá-lo de molho em água com sal por 15
minutos antes de cozinhá-lo. Também é possível fatiar, salgar e deixá-lo em um
escorredor por alguns minutos, em seguida, o alimento deve ser lavado para ir
ao fogo.
*** Fontes: Marcella
Garcez Duarte, nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia
(Abran), Marcela Voris, nutróloga da Abran e Débora Palos, nutricionista
clínica especializada em Terapia Nutricional.
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