Brincar com uma
massinha feita em casa parece algo bastante inofensivo para os pais, mas até
mesmo o slime - uma espécie de massa de modelar que antes era chamada de amoeba
ou geleca - pode trazer riscos à saúde das crianças. Conforme a brincadeira se
popularizou e novas receitas surgiram, mais relatos de pais apareceram sobre os
riscos de infecção, contaminação e até mesmo queimaduras na pele.
Segundo especialistas,
exatamente pelo fato de o slime ser feito em casa é que demanda vigilância. As
receitas mais populares levam ácido bórico (bórax), apontado pelos médicos como
responsável por queimaduras, alergias e infecções.
No entanto, os médicos
explicam que, apesar dos cuidados e da necessidade de supervisão, algumas
crianças podem não apresentar nenhum sintoma. É o caso de Laura Bruscato, de 11
anos, que desde os 9 brinca e produz slimes quase que diariamente. Ela nunca
teve nenhuma reação negativa.
"Como ela mesma
faz, a única recomendação é para que use pouco bórax. Mas ela brinca o tempo
todo e nunca apresentou nenhuma reação", conta a mãe, Mia Bruscato, de 43
anos. O filho mais novo, de 3, também brinca com as massinhas feitas pela irmã
e nunca teve problemas.
Segundo os médicos, a
reação pode depender de predisposição alérgica, sensibilidade, tempo de
exposição e da composição do slime.
Em caso de dúvida sobre
o uso do brinquedo pelas crianças, a recomendação é que se opte pelos slimes
industrializados. "Se é algo feito pela indústria, há uma padronização e
um controle do uso de substâncias que podem fazer mal", diz Nelson
Cordeiro, alergista e imunologista do Departamento Científico de Dermatite
Atópica e de Contato da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).
*** As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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