Vale lembrar que o
horário de verão foi extinto pelo presidente Jair Bolsonaro.
Os celulares e computadores aposentaram os relógios e, conectados,
oferecem às pessoas a facilidade da atualização automática. Para os viajantes,
é uma benção: basta desembarcar no destino e desativar o modo avião que o
relógio se ajusta automaticamente ao fuso horário local. Mas para os
brasileiros, essa ferramenta tem se tornado uma dor de cabeça, por adiantar os
relógios em uma hora para o horário de verão, extinto pelo presidente, Jair
Bolsonaro.
O erro aconteceu ano passado e voltou a se repetir neste ano, na virada de sábado para o domingo 20 outubro, e na virada para o último domingo, dia 3 de novembro. E para celulares e computadores antigos, que não recebem mais atualizações, o problema deve acontecer novamente nos próximos anos.
A confusão acontece por causa das mudanças na legislação e o seu descompasso com as atualizações de sistemas operacionais. Existem no mundo 38 fusos horários diferentes e 70 países aplicam o horário de verão. Antes da internet, cada um era responsável por ajustar o seu relógio e fazer seus próprios cálculos para viagens ou conversas com o exterior. Com a rede mundial de computadores, foi preciso criar um protocolo para unificar os relógios em todas as máquinas conectadas.
O erro aconteceu ano passado e voltou a se repetir neste ano, na virada de sábado para o domingo 20 outubro, e na virada para o último domingo, dia 3 de novembro. E para celulares e computadores antigos, que não recebem mais atualizações, o problema deve acontecer novamente nos próximos anos.
A confusão acontece por causa das mudanças na legislação e o seu descompasso com as atualizações de sistemas operacionais. Existem no mundo 38 fusos horários diferentes e 70 países aplicam o horário de verão. Antes da internet, cada um era responsável por ajustar o seu relógio e fazer seus próprios cálculos para viagens ou conversas com o exterior. Com a rede mundial de computadores, foi preciso criar um protocolo para unificar os relógios em todas as máquinas conectadas.
Ele se chama NTP, Network Time Protocol, ou Protocolo de Tempo para
Redes, que sincroniza todos os relógios pela internet pelo Tempo Universal
Coordenado (UTC, na sigla em inglês). E os ajustes de fusos horários e horários
de verão são corrigidos via software, pelos sistemas operacionais, que fazem
uso de um banco de dados mantido pela Iana (Autoridade para Atribuição de
Números da Internet, na sigla em inglês), atualizado constantemente de acordo com
novas leis aprovadas em todo o mundo.
Está tudo no arquivo Time Zone, conhecido pela sigla TZ. A última versão do banco de dados foi atualizada em setembro, e já continha o registro do decreto assinado por Bolsonaro em abril deste ano, extinguindo o horário de verão. Mas entre a atualização do TZ e a instalação de atualizações nos sistemas operacionais dos usuários existe uma janela de tempo considerável, principalmente no fragmentado sistema operacional Android.
O processo acontece da seguinte maneira. Governos divulgam mudanças em suas regras de horário de verão ou, mais raramente, de adoção de um novo fuso horário. A Iana recolhe essas informações e atualiza o TZ. Desenvolvedoras de sistemas operacionais (no caso do Android, o Google) preparam uma atualização e repassam para os usuários.
No caso do Android, a atualização é repassada para as fabricantes de tablets e smartphones, que se responsabilizam pelas atualizações de seus aparelhos. Mas dispositivos mais antigos, de versões passadas do sistema operacional, podem ficar sem a correção. Por isso, o Google divulgou um alerta pedindo que os usuários desabilitassem a atualização automática de data e hora e fizessem o ajuste manual. Para isso, basta entrar em “Configurações” e procurar pelo item “Data e Hora”.
iPhones e computadores.
No caso de iPhones, as atualizações são mais recorrentes, mas aparelhos mais antigos também podem ficar sem suporte. O ajuste manual deve ser feito em “Ajustes”, “Geral”, “Data e Hora”.
O problema não está restrito a dispositivos móveis, mas também computadores. A Microsoft incluiu a atualização com a extinção do fuso horário brasileiro no Windows em julho, para versões posteriores ao Windows Server 2008 (para servidores) e Windows 7 (computadores pessoais). Por padrão, o Windows alerta sobre a existência de atualizações, mas nem todos deixam a função habilitada.
É fato que existe o problema da atualização dos softwares, mas a raiz está na mudança constante na legislação. De 2008 até o ano passado, a regra era a mesma: o horário de verão acontecia em estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste entre o terceiro domingo de outubro e terceiro domingo de fevereiro. Em dezembro de 2017, o então presidente Michel Temer editou decreto alterando a data de início para o primeiro domingo de novembro. Em abril deste ano, o horário de verão foi extinto.
Por isso, pelos próximos anos, até que máquinas mais antigas sejam abandonadas, teremos que conviver com aparelhos que ajustam automaticamente os relógios para o horário de verão em outubro e no início de novembro, isso se novas regras não forem editadas.
Está tudo no arquivo Time Zone, conhecido pela sigla TZ. A última versão do banco de dados foi atualizada em setembro, e já continha o registro do decreto assinado por Bolsonaro em abril deste ano, extinguindo o horário de verão. Mas entre a atualização do TZ e a instalação de atualizações nos sistemas operacionais dos usuários existe uma janela de tempo considerável, principalmente no fragmentado sistema operacional Android.
O processo acontece da seguinte maneira. Governos divulgam mudanças em suas regras de horário de verão ou, mais raramente, de adoção de um novo fuso horário. A Iana recolhe essas informações e atualiza o TZ. Desenvolvedoras de sistemas operacionais (no caso do Android, o Google) preparam uma atualização e repassam para os usuários.
No caso do Android, a atualização é repassada para as fabricantes de tablets e smartphones, que se responsabilizam pelas atualizações de seus aparelhos. Mas dispositivos mais antigos, de versões passadas do sistema operacional, podem ficar sem a correção. Por isso, o Google divulgou um alerta pedindo que os usuários desabilitassem a atualização automática de data e hora e fizessem o ajuste manual. Para isso, basta entrar em “Configurações” e procurar pelo item “Data e Hora”.
iPhones e computadores.
No caso de iPhones, as atualizações são mais recorrentes, mas aparelhos mais antigos também podem ficar sem suporte. O ajuste manual deve ser feito em “Ajustes”, “Geral”, “Data e Hora”.
O problema não está restrito a dispositivos móveis, mas também computadores. A Microsoft incluiu a atualização com a extinção do fuso horário brasileiro no Windows em julho, para versões posteriores ao Windows Server 2008 (para servidores) e Windows 7 (computadores pessoais). Por padrão, o Windows alerta sobre a existência de atualizações, mas nem todos deixam a função habilitada.
É fato que existe o problema da atualização dos softwares, mas a raiz está na mudança constante na legislação. De 2008 até o ano passado, a regra era a mesma: o horário de verão acontecia em estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste entre o terceiro domingo de outubro e terceiro domingo de fevereiro. Em dezembro de 2017, o então presidente Michel Temer editou decreto alterando a data de início para o primeiro domingo de novembro. Em abril deste ano, o horário de verão foi extinto.
Por isso, pelos próximos anos, até que máquinas mais antigas sejam abandonadas, teremos que conviver com aparelhos que ajustam automaticamente os relógios para o horário de verão em outubro e no início de novembro, isso se novas regras não forem editadas.
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