FONTE: ***, Idiana Tomazelli e Adriana Fernandes, Brasília, https://economia.uol.com.br/
A antecipação do abono é a
única medida que já saiu do papel, com repasses que podem chegar a R$ 7,33
bilhões. Já o pagamento adiantado do 13º dos beneficiários da Previdência ainda
depende de uma definição sobre o calendário. Cada parcela representa uma
injeção de cerca de R$ 25 bilhões, segundo apurou o jornal O Estado de S.
Paulo. A proposta em estudo é repetir a antecipação das duas parcelas, já
realizada no ano passado.
O recurso já foi utilizado em 2020, quando o 13º dos aposentados e pensionistas foi pago nos meses de março e maio. A divisão em 2021 ainda está indefinida e depende da disponibilidade de caixa do Tesouro Nacional, que já precisa administrar mais de R$ 700 bilhões em compromissos com investidores da dívida pública do País nos primeiros quatro meses do ano.
A ação, porém, deve garantir algum fôlego à atividade enquanto governo e Congresso se acertam em torno do tamanho da nova rodada do auxílio emergencial a vulneráveis. Em meio ao aumento do número de casos de covid-19, a economia brasileira começou 2021 dando sinais de perda de fôlego, e a queda no Produto Interno Bruto (PIB) pode se prolongar até o fim do segundo trimestre deste ano, minando a trajetória de recuperação aguardada pela equipe econômica.
O auxílio é um ponto
delicado das negociações porque depende de dinheiro novo, a ser obtido pelo
governo via endividamento, já bastante elevado por causa das medidas de socorro
adotadas em 2020. Nos últimos dias, as negociações caminharam rumo a um arranjo
de quatro novas parcelas de R$ 250, mas parlamentares da base aliada do governo
ainda tentam emplacar valores maiores, de R$ 280 a R$ 320. A equipe do ministro
da Economia, Paulo
Guedes, tem cobrado medidas de ajuste para compensar o
novo esforço de ajuda à população, ainda que venham num segundo momento.
Sem impacto.
Para contornar as restrições, uma das frentes de trabalho da equipe econômica tem focado em medidas sem impacto fiscal. Uma das ações em estudo é direcionar recursos hoje parados no Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), voltado a facilitar operações de crédito a pequenas e médias empresas por meio do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac), ao Fundo de Garantia de Operações (FGO), que deu suporte ao Pronampe, programa voltado a micro, pequenas e médias empresas que teve suas linhas esgotadas diante da alta demanda. Com a transferência dos recursos, seria possível viabilizar uma nova rodada de crédito mais acessível aos pequenos empresários. As condições devem ser alteradas para permitir que mais empresas acessem a linha, com uma parcela menor do crédito garantida pelo fundo em troca de uma taxa de juros levemente maior, mas ainda abaixo do cobrado em média pelos bancos.
O governo também trabalha para
baratear e facilitar o acesso de famílias beneficiárias de programas sociais a
linhas de microcrédito, como já mostrou o jornal O Estado de S. Paulo. O
uso de fundos garantidores ou mecanismos de aval solidário, em que todos os
integrantes de um grupo são responsáveis pelos pagamentos em dia das
prestações, são analisados para tornar a operação viável.
Em outra frente, a
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) abriu uma renegociação de débitos
tributários para empresas que postergaram os pagamentos de tributos entre março
e dezembro de 2020 e ainda não têm condições de pagá-los.
Redução de
jornada.
A restrição fiscal, por sua vez, tem colocado obstáculos à retomada do programa que permite às empresas reduzir salário e jornada de trabalhadores ou suspender contratos, acenada pelo próprio ministro Paulo Guedes.
*** As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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