Fumantes correm mais riscos
de sofrer obstrução arterial porque o tabagismo debilita um gene que protege
estes importantes vasos sanguíneos, alertaram cientistas americanos na
segunda-feira (1º).
Suas descobertas apontam a uma explicação genética de como fumar pode levar ao
acúmulo da placa que endurece as artérias e causa doenças cardíacas, segundo
informe divulgado na revista Circulation.
"Este foi um dos primeiros grandes passos rumo à resolução do complexo
quebra-cabeça das interações genético-ambientais que levam a doenças
coronarianas", disse o coautor do estudo, Danish Saleheen, professor
assistente de bioestatística e epidemiologia da Perelm School of Medicine, da
Universidade da Pensilvânia.
Os cientistas reuniram dados genéticos de mais de 140 mil pessoas,
administrados em mais de duas dezenas de estudos anteriores, com foco
particular em regiões do genoma previamente associadas com alto risco de
acúmulo de placa nas artérias cardíacas.
"Uma mudança em uma única 'letra' do DNA no cromossomo 15, perto do gene
que expõe uma enzima (ADAMTS7) produzida nos vasos sanguíneos, foi associada
com 12% de redução do risco em não fumantes", destacou o informe.
"No entanto, os fumantes com a mesma variação tiveram apenas 5% menos
risco de doenças coronarianas, reduzindo em mais da metade o efeito protetor
desta variação genética", indicou-se.
Estudos científicos de acompanhamento mostraram que nas células que recobrem as
artérias do coração humano, a produção da enzima ADAMTS7 diminuiu
significativamente quando as células continham esta variante do DNA de uma
única letra.
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