Um estudo australiano recentemente
publicado pelo periódico científico "Internal Medicine
Journal" confirma uma relação já há algum tempo suspeita: infecções
respiratórias, como gripe e pneumonia, aumentam o risco de infarto. Mas qual é
a relação? Explicamos a seguir.
Relação
entre infecção respiratória e infarto.
Os
pesquisadores da Universidade de Sidney analisaram 578 pacientes que,
confirmadamente, sofreram infarto do miocárdio e descobriram que 21% dos
pacientes que tiveram o ataque cardíaco apresentaram sintomas de doenças
respiratórias nos primeiros 30 dias antes do mal súbito.
Essa
ligação tem motivo: segundo os estudiosos, a formação de coágulos no sangue
tende a aumentar após as infecções respiratórias e inflamações e toxinas
danosas aos vasos sanguíneos também ficam com graus elevados.
De
acordo com os autores da pesquisa, anteriormente, outros estudos realizavam
essa correlação sem a confirmação angiográfica do infarto. A angiografia é um
exame que analisa o estado dos vasos sanguíneos através de uma inserção de uma
pequena câmera nas artérias. É justamente por isso que essa nova
descoberta - feita através desse exame - é tão importante.
“Estas
conclusões confirmam que a infecção respiratória pode desencadear infartos.
Estudos adicionais são indicados para identificar estratégias de tratamento
para diminuir esse risco, particularmente em indivíduos que podem ter maior
susceptibilidade”, conclui a pesquisa.
Período de risco para infarto.
Outra
questão descoberta é que o risco de infarto após gripe ou pneumonia não aumenta
imediatamente após a infeção. Isso pode durar até os primeiros sete dias depois
do surgimento de sintomas de doenças respiratórias. “Apesar de uma redução
paulatina, o risco se mantém elevado durante um mês”.
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