sábado, 13 de maio de 2017

TIRE DÚVIDAS SOBRE A RAIVA, DOENÇA QUE PODE SER TRANSMITIDA POR MORCEGOS...

FONTE: Amanda Palma (amanda.palma@redebahia.com.br), CORREIO DA BAHIA.

O CORREIO conversou com a médica infectologista Nanci Silva.
O que é raiva?
É uma doença  transmitida ao homem pelo vírus da raiva, contido na saliva de animais infectados, principalmente por meio de mordidas. No Brasil, é mais comum que a doença seja transmitida por cães e gatos.
Quiais os Sintomas?
São os mesmos  de uma encefalite, como alterações de comportamento, sensação de angústia, cefaléia, pequena elevação de temperatura, mal-estar e alterações sensoriais. Em estágio avançado, o paciente pode ter hidrofobia (intolerância a água) e aerofobia (medo de estar exposto ao ar livre).
Há dados?
Segundo o  Ministério da Saúde, em 2015, foram registrados dois casos de raiva em humanos: um no Mato Grosso do Sul e outro na Paraíba. Em 2016, houve um caso registrado em Roraima e outro no estado do Ceará.
Quais as precauções?
A vacina  antirrábica está disponível gratuitamente na rede pública de saúde. Caso seja atacado por algum animal que seja potencial transmissor da doença, como morcego, cães ou gatos, é preciso procurar um atendimento médico de imediato, já que o período de incubação da doença pode chegar a seis anos, até que os sintomas da raiva, de fato, comecem a aparecer.
Sem pânico
Para a infectologista  Nanci Silva, os ataques de morcego não devem causar medo de que a raiva volte a se tornar uma doença comum entre os humanos. “Acho que não precisa criar um medo nas pessoas desnecessariamente. Mas, existe esse risco da pessoa ter a doença, caso seja atacada por morcego e, por isso, deve ir ao posto de saúde se vacinar”, explica Nanci.
Estados Unidos
A transmissão  de raiva por morcegos é mais comum nos Estados Unidos, de acordo com Nanci Silva. No Brasil e em países em desenvolvimento, é mais comum por cães ou gatos.

Doença rara
Os casos  nos últimos anos tornaram-se raros no país. “Não é uma doença comum. Depois que começou a vacinar os cães, os casos começaram a diminuir. Mas, existem ainda muitos cães nas ruas que as pessoas não cuidam. Pessoas hoje em dia se vacinam, você não vê pessoas morrendo de raiva”, afirma Nanci.

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