FONTE:,(http://leiamais.ba).
Confira entrevista:
Por que a inflação de serviços demora mais para
cair se comparada com o índice geral de inflação?
Inflação de serviços é um balaio,
tem muitas coisas lá. Tem alguns itens que estão desacelerando, mas em outro
ritmo. É o caso de saúde e educação. Dificilmente esses dois serviços, já
excluindo os preços dos planos de saúde - que são monitorados pelo governo -
recuarão para um patamar de 5% esperado para os serviços como um todo neste
ano. O que explica essa resistência é o vínculo com a escola e com o médico que
não dá para substituir.
A expectativa de alta de
5% para inflação de serviços em geral em 2017 não é muito elevada, diante de
uma inflação geral esperada em torno de 3%?
A alta de 5% para inflação de
serviços em 2017 é modesta se compararmos com o histórico. Em 2011, a inflação
de serviços como um todo chegou a 9,7%. A despeito do PIB (Produto Interno
Bruto) ter caído em 2015, a inflação de serviços aumentou 8,2%, ante 8,4% em
2014. Foi uma diferença muito pequena. Os serviços resistiram porque houve
aumento de custos, como energia, água e as matérias-primas, como os alimentos.
Isso acabou atrapalhando o arrefecimento.
E a recessão não afeta a
inflação de serviços?
De 2015 para 2016, com a economia
em recessão, a inflação de serviços perdeu 1,7 ponto porcentual e neste ano vai
perder mais 1,5 ponto. Isso ocorreu por causa da desaceleração da economia e
porque o indexador, dos reajustes, como IGP-M, perdeu força.
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