segunda-feira, 4 de novembro de 2019

PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO PRECOCE AUMENTAM A CHANCE DE CURA NOS CASOS DE CÂNCER DE ENDOMÉTRIO...


FONTE:, Salvador, https://www.trbn.com.br/

As ginecologistas da clínica EMEG destacam a importância do autocuidado e da realização de exames preventivos.
         

O câncer do corpo do útero pode se iniciar em diferentes partes do órgão, mas o tipo mais comum se origina no endométrio, que é o revestimento interno do útero e é chamado de câncer de endométrio. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a doença fica em terceiro lugar entre as neoplasias malignas pélvicas no sexo feminino e tem mais de 70% de chances de cura, quando descoberta na forma precoce. O órgão ainda estima que 6.600 novos casos surjam ao longo deste ano. “Cerca de 75% dos casos da doença são detectados em mulheres com mais de 50 anos”, explica a ginecologista e sócia da Clínica EMEG, Ana Cristina Batalha.

Destaca Cristina Sá, também ginecologista e sócia da Clínica EMEG. “Caso não seja reconhecido a tempo, o tumor crescerá no local e, além de infiltrar superficialmente a mucosa do endométrio, pode penetrar em direção à camada muscular do útero, o miométrio”. No entanto, diferente dos outros tipos de câncer, que na fase inicial são assintomáticos, o câncer de endométrio tem como principal sinal de alerta o sangramento vaginal pós-menopausa.

“Para as mulheres que ainda não estão na menopausa, o que corresponde a cerca de 20% ou menos da ocorrência da doença, o sinal mais comum é o sangramento vaginal fora do período menstrual, que pode se manifestar como sangramento entre os ciclos menstruais ou um sangramento vaginal mais intenso que o habitual. Além disso, pode vir acompanhado de dor pélvica, cansaço, perda de peso e de apetite”, explica Ticiana Cabral, ginecologista e sócia da Clínica EMEG.

Para o diagnóstico, as médicas ginecologistas indicam a ultrassonografia transvaginal seguida de vídeo-histeroscopia com biópsia. A vídeo-histeroscopia é uma importante ferramenta na Ginecologia para diagnósticos e cirurgias intrauterinas não-invasivas que “permite a avaliação das patologias em casos de infertilidade, sangramentos uterinos anormais, abortamento habitual, pólipos, miomas, entre outros. Através desse exame, é possível identificar se há alguma alteração com característica maligna. O diagnóstico é feito através da imagem endoscópica e após a análise histo-patológica, que pode descartar ou apontar a presença de doença neoplásica”, avalia Ticiana Cabral.

Fatores de Risco.
Os fatores de risco associados à doença são: obesidade (principalmente quando associada à hipertensão), menopausa tardia, início precoce da menstruação, diabetes, reposição hormonal por longo período (sem acompanhamento ginecológico), ter tido câncer colorretal, mama ou ovário, utilizar de forma prolongada alguns medicamentos antineoplásicos que provoquem mudanças na produção hormonal, síndrome dos ovários policísticos, diagnóstico prévio de hiperplasia endometrial atípica e o fator hereditário, responsável por, em média, 10% dos casos de câncer no mundo.

“Quando se trata da obesidade, o fator de risco está associado ao desequilíbrio entre a produção de estrogênio (em excesso) e progesterona, que são dois hormônios fundamentais para o corpo feminino”, comenta Cristina Sá. A médica explica ainda que o crescimento anormal do endométrio pode ser provocado pela produção elevada de estrogênio nas pacientes obesas. “Isso acontece porque a progesterona tem o papel de neutralizar os efeitos ruins do estrogênio no tecido”.

O tratamento, na fase inicial, para o câncer de endométrio costuma ser cirúrgico. “Nesses casos, é realizada a histerectomia radical total, que é a cirurgia para remover útero, ovários e trompas, com a remoção do tumor”, destaca Ana Cristina Batalha. Algumas mulheres não precisam de tratamento complementar após a cirurgia, mas outras precisarão complementar com quimioterapia ou radioterapia, mas “só são indicadas em casos de doença metastática (disseminada para outros órgãos)”.

Para reduzir os riscos, as médicas destacam a importância da prevenção, que vai desde o cuidado com a alimentação e a prática de exercícios físicos, até o acompanhamento ginecológico regular.

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