FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Silencioso, o câncer colorretal é assintomático e
merece atenção.
Ainda
pouco conhecido pela população, o câncer de cólon e reto – ou colorretal, tem
subido no ranking de prevalência de doenças, sendo atualmente o terceiro câncer
mais comum no mundo, segundo o Instituto Nacional do Câncer. Ainda de acordo
com dados do Inca, no Brasil, somente em 2014 foram registrados mais 32.600
novos casos. Destes, 15.070 em homens e 17.530 em mulheres.
Isso se
deve a uma série de fatores, como comenta o médico Paulo Afonso Bianchini,
proctologista do Hospital Samaritano de São Paulo: “Dieta inadequada da
população, com baixa ingestão de fibras, somada ao crescente sedentarismo, ao
aumento da obesidade, ingestão excessiva de gordura e carne e também fatores
como tabagismo e casos anteriores na família são principais responsáveis pelo
aumento no número desta doença”.
Um dos
sintomas mais comuns do câncer colorretal, o sangramento nas fezes, merece
atenção. “Muitos confundem com hemorróidas, mas o sangramento prolongado
deve ser analisado por especialista”, explica o médico. Causador muitas vezes
de anemia – sem que a pessoa perceba, o sangramento é escuro, geralmente com
coágulos, porém muitas vezes é microscópico e não observado pelo paciente.
Outro
fator frequente é a mudança de hábito intestinal. “Pessoas constipadas, que
passam a evacuar com aspecto pastoso, muitas vezes com muco, por exemplo,
precisam estar atentas.” O especialista reforça a orientação a esse perfil de
pessoas, em sua maior parte do público feminino: “O uso de medicamentos como
laxantes irritantes – como chamados pela classe médica, deve ser evitado nos
pacientes constipados, pois o uso à longo prazo causa irritação irreversível no
cólon e reto”, alerta Dr. Bianchini.
Quais
medicamentos podem ser usados para melhoria do fluxo intestinal:
Os
laxantes osmóticos, que atraem a água. São sintéticos e naturais. A tendência é
que sua ação seja mais rápida e,
Os laxantes
incrementadores de bolo fecal, geralmente em pó, podendo ser misturados a
líquidos e alimentos.
“Mesmo
estas opções devem ser usadas mediante orientação médica”, complementa o
proctologista.
A
ingestão diária de grande volume de água (acima de 2 litros), somado à dieta
rica em fibras (cereais, grãos, frutas e verduras), melhoram o ritmo intestinal
e podem diminuir a incidência de tumores de cólon e reto.
Como
tratamento, o médico Paulo Bianchini explica que, no caso de câncer no
cólon, é indicada a cirurgia e posteriormente quimioterapia, na maioria das
vezes.
Nos
casos em que o câncer está presente no reto, principalmente distal, a indicação
é outra: “É necessário que primeiro se faça a quimioterapia e radioterapia,
para que depois passe pelo procedimento cirúrgico”.
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