FONTE: Fátima Protti , colunista do Delas, TRIBUNA DA BAHIA.
Colunista fala sobre vaginismo, uma disfunção
sexual que muita gente desconhece, mas que tem cura.
"Apesar
de inúmeras tentativas, nunca conseguir transar porque sinto muito desconforto
físico e aos 35 anos ainda sou virgem. Já pensei até em desistir de tentar
fazer sexo. Esse problema é comum? Por que acontece e como eu posso
resolver?"
Muitas
pessoas ainda desconhecem uma disfunção sexual chamada vaginismo. Ela se
manifesta no início da vida sexual, mas em geral as mulheres só buscam
tratamento depois de alguns anos e relacionamentos rompidos.
No
vaginismo, o coito é marcado por dores intensas porque os músculos que estão ao
redor da entrada da vagina se contraem, independente da vontade da mulher,
impedindo a penetração do pênis, dedo ou até de um cotonete. A repetição das
experiências dolorosas faz com que a mulher evite futuros encontros sexuais e
relacionamentos.
Outro
problema enfrentado é o exame ginecológico de rotina. Muitas mulheres se
recusam a passar pelo médico por sentir vergonha ao relatar sua condição; medo
de não conseguir realizar o exame e sentir dor, além do receio de ser
humilhada.
Infelizmente,
algumas são atendidas por médicos ou profissionais da saúde que reforçam seus
sentimentos mais dolorosos. Nas tentativas frustradas do exame ou diante de sua
queixa não é difícil ouvir as seguintes frases: “Como você não consegue?”;
“Isso não é nada, na próxima relação sexual é só relaxar”. Como se ela já não
tivesse tentado inúmeras vezes inclusive durante o exame – e sem sucesso.
Durante
o tratamento, identifico sentimentos de solidão, angústia, culpa, inadequação
por não se sentir “normal”. Têm fantasias de rejeição no meio social e
familiar; falta de confiança em si e nos outros; baixa autoestima e autoimagem
desvalorizada. Muitos casos apresentam depressão e/ou distúrbios de ansiedade.
Em
geral, a origem da disfunção é de ordem psicológica: repressão sexual; culpas,
principalmente de origem religiosa; educação rígida; tensão no sexo; medo da
intimidade, de sentir dores no coito; mitos sexuais; traumas durante o seu
desenvolvimento; fantasias ou situações reais de abuso, violência física e/ou
psíquica, entre outros.
O
vaginismo de causa orgânica - menos frequente – pode originar de infecções e
inflamações vaginais, problemas hormonais, endometriose, etc.
No meu
livro, você pode saber mais a respeito dessa disfunção: "Vaginismo, Quem
Cala Nem Sempre Consente...!!! Descubra-se e vença seus medos" (Fátima
Protti e Oswaldo M. Rodrigues Jr, Editora Biblioteca 24x7)
Como
pode perceber, cara leitora, seu desconforto precisa ser tratado. Ele a impede
de viver sua sexualidade de forma plena, além causar comprometimentos
emocionais, psicológicos, sociais e físicos.
Conheço
o sofrimento que aflige as mulheres afetadas pelo problema e indico a terapia
sexual. Ela oferece excelentes resultados a partir de técnicas científicas e
específicas para o tratamento da disfunção. O vaginismo tem cura!
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