FONTE: Rayllanna Lima, TRIBUNA DA BAHIA.
Com o avanço da tecnologia, e
para a felicidade de quem possui a doença, tratamento adequado e novas soluções
clínicas ajudam no controle de crises epiléticas e suas consequencias.
Doença
física que causa alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro,
a epilepsia atinge cerca de quatro milhões de brasileiros. Um dos transtornos
crônicos mais importantes da infância, bem como uma das causas mais comuns de
distúrbio neurológico nesta faixa etária, a epilepsia. Com o avanço da
tecnologia, e para a felicidade de quem possui a doença, tratamento adequado e
novas soluções clínicas ajudam no controle de crises epiléticas e suas
consequencias.
Crises
epiléticas podem ocorrer a partir de infecções do sistema nervoso central,
acidentes vasculares cerebrais, tumores, traumatismos cranianos, alterações no
desenvolvimento do cérebro durante a fase fetal, ou até mesmo como sintomas da
própria epilepsia. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS),
atualmente a doença afeta cerca de 65 milhões de pessoas, sendo aproximadamente
1,9 milhão só no Brasil.
Tendo os mais variados sintomas, as crises epileticias
duram alguns segundos ou minutos e podem ser acompanhada por manifestações
clínicas como contrações musculares, mordedura da língua, salivação intensa,
“desligamento” por alguns segundos, movimentos automáticos e involuntários do
corpo, percepções visuais ou auditivas estranhas e alterações transitórias da
memória.
Segundo a neurologista Fabiana Lima, a doença não tem cura, mas o uso correto da medicação – sempre indicado pelo médico neurologista – é que vai ajudar a controlar as crises e suas consequências. Os remédios para controle da epilepsia atuam de diferentes formas. Em geral, diminuindo a liberação dos transmissores que excitam aquela área propensa a ter crises ou estimulam a liberação de transmissores que tentam diminuir essa excitação.
“Siga
sempre à risca as orientações do seu médico e nunca se automedique. Não
interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes”, lembra a
neurologista. A especialista ressalta ainda que quando utilizado de forma
adequada, as medicações controlam as crises em 70% dos pacientes e o sucesso do
tratamento depende fundamentalmente do paciente.
A
indústria farmacêutica tem investido muito em medicamentos para o controle da
epilepsia, trazendo evolução nos tratamentos com novas soluções clínicas para
controlar as crises epiléticas. Para terapia adjuvante no tratamento de crises
parciais com ou sem generalização secundária em pacientes a partir de 16 anos
de idade com epilepsia, é possível encontrar no mercado hoje o
medicamento antiepiléptico, com substância ativa lacosamida. Além disso,
uma grande novidade chega ao mercado no primeiro semestre de 2016, que é
medicamento antiepiléptico inovador indicado como monoterapia para o
tratamento de crises focais, com ou sem generalização secundária em pacientes a
partir dos 16 anos com diagnóstico recente de epilepsia.
De
acordo com a especialista, é importante ressaltar que a falta de controle das
crises epilépticas pode ocorrer porque as pessoas se esquecem de tomar os
medicamentos, na suspensão do remédio sem orientação médica, ou algumas vezes
tentando a “experiência” de pausar o medicamento, imaginando-se curado. “É
possível viver bem com epilepsia e ter uma vida plena, desde que tenha o
tratamento adequado. O que pode diminuir ou até zerar a quantidade de crises”,
conclui Fabiana Lima.
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