Além de estar
relacionado a problemas de sono, afetar o coração e até causar depressão, o estresse
também é conhecido por causar alterações fisiológicas, incluindo alterações na
função imunológica. Um novo estudo, publicado no periódico JAMA, mostrou
que ter uma condição psiquiátrica relacionada ao estresse pode aumentar o risco
de doença autoimune.
A pesquisa usou um
banco de dados sueco de 106.464 pacientes que apresentavam uma condição de
estresse grave, como transtorno de estresse pós-traumático, reação aguda ao
estresse ou transtorno de adaptação. Eles os compararam com 1.064.640 pessoas
“normais” e com 126.652 de seus irmãos livres de estresse.
Os participantes foram
acompanhados durante uma média de 10 anos. Nesse período houve 8.284 casos de
doença autoimune entre aqueles diagnosticados com um transtorno de estresse,
57.711 entre aqueles sem estresse, e 8.151 entre os irmãos sem estresse.
Depois de controlar
outros fatores de risco, os pesquisadores descobriram que, em comparação
àqueles que não tinham estresse grave, as pessoas com algum distúrbio
relacionado ao estresse tinham 36% mais probabilidade de ter uma doença
autoimune e 29% mais propensos do que seus irmãos sem estresse. As pessoas com
diagnóstico de TEPT apresentavam um risco ainda maior, com 46% mais chances de
desenvolver uma doença autoimune.
Huan Song, principal
autor do estudo, conclui que o estresse realmente afeta a saúde a longo prazo.
“E não apenas a saúde psiquiátrica, mas deixa as pessoas vulneráveis a outras
doenças. Existem muitos tratamentos disponíveis para transtornos relacionados
ao estresse, e é importante que as pessoas recebam tratamento cedo.”
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