FONTE: Do UOL, em São Paulo, https://esporte.uol.com.br
Capitão da Alemanha na
conquista da Copa do Mundo de 1990, o ex-zagueiro Lothar Matthäus criticou, em
coluna publicada neste sábado (30) pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, o
comportamento de Neymar em campo durante a primeira fase da Copa do Mundo da
Rússia.
Segundo sua avaliação,
o Brasil tem Neymar como seu maior destaque, mas atitudes dele dentro de campo,
às quais chamou de “palhaçadas”, podem prejudicar a seleção no decorrer do
Mundial.
“Fiquei impressionado
com Inglaterra, Croácia e Bélgica, e de certo modo, Brasil, que tem atletas de
qualidade. Isso se aplica especialmente a Neymar. É por isso que ele não
deveria sentir necessidade de provocar os outros, tentando cavar pênaltis, ou
de rolar cinco ou seis vezes no gramado após ter sofrido uma falta. Ele precisa
parar com as palhaçadas, que podem prejudicá-lo pondo os fãs contra ele e
deixando os juízes menos inclinados no futuro a apitar rapidamente quando ele
parecer sofrer falta”, escreveu.
Sobre a Alemanha,
eliminada ainda na primeira fase, Matthäus viu problemas desde a escolha dos
jogadores até à preparação. Segundo ele, muitos jogadores estavam fora de
forma.
“Não havia um único
jogador alemão em plena forma. A maioria estava com problemas - exaustão,
idade, lesão, falta de confiança. Isso se aplica aos que supostamente deveriam
liderar a equipe, como Boateng, Müller, Khedira e Özil. Neuer foi o único que
fez jus às expectativas. Nada esteve em ordem na Alemanha - nem no ataque nem
na defesa. Não houve espírito de equipe, apenas vulnerabilidade e desentendimento”,
disse.
“Löw confiou em
jogadores experimentados, mas já antigos, e investiu pouco nos novos talentos
que passamos a admirar na Copa das Confederações. A Alemanha padeceu de falta
de frescor, de ritmo, de elemento surpresa. O fato de quatro dos cinco últimos
campeões falharem na fase de grupos tem a ver com complacência e motivação
insuficiente. Löw precisa enfrentar problemas difíceis e, sobretudo, renovar o
time. Fez excelente trabalho no passado, mas agora está de novo sob forte
pressão. Compreenderia perfeitamente se dissesse que vai deixar o cargo”,
completou.
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