Desde o início do ano,
foram registrados cerca de 216 mil focos de incêndios em áreas florestais e de
lavoura em todo o país, de acordo com informação do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe). Com isso, o número de focos de incêndio entre
janeiro e junho deste ano já é 52% maior do que o registrado no mesmo período
de 2017.
Os três estados com o
maior número de queimadas são Roraima, Mato Grosso e Tocantins. Juntos, eles
somam cerca de 55% dos focos de incêndio registrados em todo o Brasil neste
período.
Uma das causas do
aumento no número de queimadas em áreas florestais e de lavoura pode ser o
maior tempo de estiagem em 2018. Mas bombeiros e especialistas também chamam a
atenção para o desmatamento e para a degradação ambiental como fatores
responsáveis pela ampliação dos focos de incêndio.
Rodrigo Maciel,
coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil de Roraima, líder em número de
incêndios florestais este ano, afirma que o estado agora passa por um período
de chuvas, mas as consequências das queimadas ainda podem ser percebidas, especialmente
nas áreas florestais.
“A vegetação florestal
depois que você perde ela pela ação do fogo, demora alguns anos para se
recuperar. A gente vê isso em algumas serras aqui próximo, que tem a vegetação
de floresta densa e, por conta do fogo, parte dela que foi queimada destoa
visualmente da parte que está conservada”, afirmou.
Para tirar Roraima do
topo de lista dos focos de incêndio, o Corpo de Bombeiros faz agora uma
campanha permanente de combate às queimadas. Já o Inpe investiga práticas que
influenciam desmatamento na Amazônia. A Floresta Amazônica concentra mais da
metade da biodiversidade da Terra, além de um terço das florestas tropicais do
planeta.
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