quarta-feira, 27 de junho de 2018

SÍNDROME DE BURNOUT: 12 ESTÁGIOS (OU SINTOMAS) DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL...


FONTE: Carol Salles, Colaboração para o VivaBem,https://vivabem.uol.com.br





Depressão, esgotamento físico e mental, sentimento de incapacidade e até pensamentos suicidas: esses são alguns dos indícios da Síndrome de Burnout, um transtorno cada vez mais comum se caracteriza por um estresse devastador, extremo, superior à capacidade pessoal de lidar com questões do dia a dia de modo eficiente, e é relacionado exclusivamente ao trabalho.

Abaixo, os psicólogos Herbert Freudenberger e Gail North, respectivamente, alemão e americana, criaram uma lista do que seriam os 12 estágios da síndrome. Os chamados estágios não devem ser vistos como fases. São sintomas. Algumas pessoas passam por todos, mas outras não. E eles podem não aparecer nessa ordem, também. De qualquer maneira, a lista serve como um indicador de sinais a se prestar atenção.

1. Compulsão em demonstrar seu próprio valor.
É aquela necessidade de mostrar que você sabe fazer o que está fazendo, e com excelência.

2. Incapacidade de se desligar do trabalho.
Checar e-mails e mensagens antes de dormir, trabalhar finais de semana (sem que seja pedido pela chefia) etc, são alguns dos sinais.

3. Negação das próprias necessidades.
Bom sono, alimentação adequada, tempo para o lazer tornam-se secundários --e essa atitude é vista como um sacrifício em nome de um bem maior.

4. Fuga de conflitos.
A pessoa percebe que há algo errado, mas evita enfrentar a situação. Os primeiros sintomas físicos podem surgir.

5. Reinterpretação de valores pessoais.
A família, os momentos de descanso, os hobbies, passam a ser vistos como coisas sem importância. A autoestima é medida apenas pelos resultados no trabalho.

6. Negação de problemas.
A pessoa se torna intolerante. Enxerga os colegas de trabalho como preguiçosos, incompetentes, indisciplinados. Pode haver aumento da agressividade e sarcasmo.

7. Distanciamento da vida social.
A vida social passa a ser restrita ou, até mesmo, inexistente. O trabalho é feito de maneira automática. A necessidade de relaxar pode levar ao uso de drogas ou álcool.

8. Mudanças estranhas de comportamento.
A pessoa torna-se muito diferente do que costumava ser. Quem era alegre e dinâmico torna-se apático e medroso. As alterações são óbvias e podem ser notadas pela família e amigos.

9. Despersonalização.
Não é possível enxergar o próprio valor nem necessidades, bem como das pessoas ao seu redor.

10. Vazio interno.
Para amenizar o desconforto, muitos recorrem às drogas, álcool, ou compulsões como comer e fazer sexo.

11. Depressão.
O futuro parece incerto, a vida perde o sentido. É comum o sentimento de estar perdido, cheio de incertezas e exausto.

12. Síndrome de Burnout (ou esgotamento).
Há um colapso mental e físico, assim como pensamentos suicidas. Quem chegou até aqui, precisa de ajuda médica imediata.

Quem sofre mais?
Segundo dados do ISMA-BR (International Stress Management Association), a síndrome acomete 32% da população que tem sintomas de estresse. E, muitas vezes, pode levar ao afastamento do trabalho, assim como causar úlceras, diabetes, aumento no colesterol, entre outros problemas de saúde.

A síndrome de Burnout é mais comum em pessoas exigentes, entusiasmadas com o trabalho, sem medo de aceitar novas responsabilidades. No entanto, ela não acontece do dia para a noite. Pode levar anos para a pessoa desenvolver e atingir o pico de estresse.

O roteiro é parecido: a pessoa começa um trabalho novo cheia de ilusões, sonhos, ideias. Gradualmente, no entanto, a realidade vai se mostrando diferente. O trabalhador passa por frustrações, mas vai engolindo. Aos poucos, ele começa a deixar de ter prazer naquilo. Faz as tarefas mecanicamente. Não há, ainda, queda na produção, mas a pessoa não sente mais tanta afinidade com suas tarefas.

“O trabalho começa a perder qualidade e o funcionário vai ficando embrutecido, crítico, desligado. Na hora que há esse desligamento, podem começar a aparecer sintomas físicos, como dor de cabeça, na nuca, no estômago, problemas de pele, infecções urinárias porque a imunidade cai”, explica a psiquiatra Alexandrina Meleiro, do Instituto de Psiquiatria da USP (São Paulo).

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