FONTE:, Salvador,
https://www.trbn.com.br
A
obesidade infantil é uma 10 ameaças à saúde global, em 2019, segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS) e deve ser combatida diariamente dentro e
fora de casa.
A dúvida é freqüente: montar a lancheira do
filho ou dar dinheiro para comprar algo na cantina? Apesar de parecer modinha,
a primeira opção é mais recomendada, quando o assunto é segurança alimentar e
qualidade de vida.
Dieta balanceada é uma
questão de hábito e deve começar desde cedo, ensinando os filhos a importância
de levar a própria marmita para o lanche da escola. “As crianças, na medida em
que vão crescendo, passam a incorporar informações, aprender. O certo ou errado
no que diz respeito a alimentação é aprendido dentro de casa”, explica Vítor
Manta, médico, pós-graduado em endocrinologia e que desenvolve há quatro anos
em Salvador e Aracaju (SE), um trabalho voltado à longevidade, baseado na
medicina preventiva e nutrologia.
A obesidade infantil é
uma 10 ameaças à saúde global, em 2019, segundo a Organização Mundial de Saúde
(OMS) e deve ser combatida diariamente dentro e fora de casa. Na década
de 70, a desnutrição era uma ‘pedra no sapato’ para o desenvolvimento das
crianças no Brasil. Quase 50 anos se passaram e a preocupação dos especialistas
deu uma guinada, só que para o lado oposto.
Segundo a Universidade
de São Paulo (USP), a obesidade hoje já afeta 1 em cada 3 crianças brasileiras,
o que aumenta chance de chegar à vida adulta sofrendo de problemas cardíacos,
hipertensão ou diabetes.
Salvador reflete bem
este problema nacional. Entre 15% a 20% da população infanto-juvenil da capital
baiana sofre com obesidade, segundo dados do Centro de Referência em
Endocrinologia do Hospital das Clínicas, ligado a Universidade Federal da Bahia
(Ufba).
Pais de meninas devem
redobrar os cuidados com a alimentação delas, já que o acúmulo de gordura no
corpo acelera a produção de hormônios, atrapalhando o crescimento; sem contar
que isso pode levar a antecipação do ciclo menstrual.
Como o país não dispõe
de um sistema público de saúde preparado para lidar com a obesidade e com os
problemas que ela traz, a prevenção começa justamente pela mudança de hábitos,
combatendo algo que o médico, Vítor Manta, chama de ‘ignorância
nutricional’.
Segundo ele, “as
pessoas esqueceram o que é alimentação de verdade e passaram a consumir
produtos com alto teor calórico e baixo valor nutricional”. As pessoas
frequentemente “são vítimas da falta de informação e esta informação deve ser
introduzida nas crianças também na escola”.
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