FONTE: *** Hagamenon Brito (CORREIO DA BAHIA).
Bebel Gilberto, 43 anos, está muito bem com a vida. Estreando na lendária gravadora americana Verve, a mesma que em 1963 propagou a bossa de seu pai, João Gilberto, pelo mundo e também produziu o clássico Getz/Gilberto, ela canta na primeira faixa do CD All in one: “Sonhando acordada/ Lembrando do que então seria/ Estar com você por um da/Ou pra sempre.../É o meu amor/ É o meu amor/ Eu só quero cantar pra você” (Canção de amor).
Os versos valem tanto para o engenheiro de som Didiê Cunha, com quem Bebel vive há dois anos, como para o seu público que, apenas no exterior, comprou 2,5 milhões de cópias dos seus três álbuns anteriores. Sim, nascida em Nova York, criada no Rio ao lado do amigo Cazuza (1958-1990) e radicada nos EUA no começo dos anos 90, a cantora é a mais internacional de todas as intérpretes brasileiras desde Carmen Miranda (1909-1955) e Astrud Gilberto, a primeira mulher de João (a mãe de Bebel é Miúcha, irmã de Chico Buarque).
“Estou realmente feliz, apaixonada, e esse disco reflete isso, você não acha?”, pergunta ao repórter, por telefone, com um risinho gostoso. De fato, All in one é ainda mais solar do que o marcante Tanto tempo (2000), o álbum que disseminou a bossa eletrônica pelo planeta e transformou Bebel em musa moderna da MPB e artista pop internacional.
JAMAICA E BAHIA
Mas o que esperar de um disco que começou a ser gravado naJamaica, onde Bebel fez uma versão não-reggae em português de Sun is shining (do rei Bob Marley), e que depois desembarcou em praias baianas? Mais precisamente, no estúdio Ilha dos Sapos, de Carlinhos Brown, marido de Helena Buarque, prima querida da cantora.
“Esse disco é resultado de várias emoções e coisas boas. As temporadas na Jamaica e na Bahia foram maravilhosas. Na Jamaica, estávamos também de férias, apaixonados. A gente ficava no estúdio, mergulhava, aquele mar lindo, fumava (risos). Em Salvador, em abril deste ano, Carlinhos nos recebeu com o carinho habitual e abraçou de corpo e almao trabalho”, conta.
Além de trabalhar em duas das composições feitas na Jamaica, Brown produziu as faixas Nossa Senhora (dele e de Paulo Levita, da dupla Palmyra & Paulo Levita), Ela/On my way (parceria com Bebel), Secret/Segredo (Bebel e Thomas Barlett), All in one (de Bebel e Cézar Mendes) e Chica chica boom chic.
Sucesso de Carmen Miranda em 1941, Chica chica boom chic ressurge com tempero eletrônico, percussão baiana, participação vocal de Brown e está na trilha da novela Viver a vida (Globo).
O PAI JOÃO
Um dos destaques do trabalho é a releitura de Bim bom (João Gilberto), gravada em Nova York e com participação de Daniel Jobim, neto do maestro Tom Jobim (1927-1994), no piano e no vocal. Pela primeira vez, Bebel gravou uma composição do seu genial pai.
E o que João achou da gravação? “Ele escutou por telefone, mas prefiro não comentar o que ele achou (risos). Foi coragem minha gravar Bim bom. Adoro meu pai, mas ele tem o jeito dele”, afirma a cantora. Com Momento (2007) e o novo álbum, Bebel reafirma um estilo próprio (de pop moderno com influência da bossa, algo nu jazz), depois que a sua bossa eletrônica do começo da década virou referência para muitas intérpretes e provocou o surgimento de clones em todo o mundo.
Ela, porém, não ficou chateada com a clonagem. “All in one tem pouca programação eletrônica, mas eu não liguei para os clones (risos). Música é mesmo algo reciclado o tempo todo. Depois, eu não me vejo em nenhuma outra cantora. Eu já te disse: sou inimitável, meu querido (risos)”, explica Bebel, que credita o sucesso internacional de sua música ao esforço do seu investimento, ao que ela vem fazendo nos Estados Unidos e na Europa (Inglaterra, sobretudo) desde o começo da década.
Os versos valem tanto para o engenheiro de som Didiê Cunha, com quem Bebel vive há dois anos, como para o seu público que, apenas no exterior, comprou 2,5 milhões de cópias dos seus três álbuns anteriores. Sim, nascida em Nova York, criada no Rio ao lado do amigo Cazuza (1958-1990) e radicada nos EUA no começo dos anos 90, a cantora é a mais internacional de todas as intérpretes brasileiras desde Carmen Miranda (1909-1955) e Astrud Gilberto, a primeira mulher de João (a mãe de Bebel é Miúcha, irmã de Chico Buarque).
“Estou realmente feliz, apaixonada, e esse disco reflete isso, você não acha?”, pergunta ao repórter, por telefone, com um risinho gostoso. De fato, All in one é ainda mais solar do que o marcante Tanto tempo (2000), o álbum que disseminou a bossa eletrônica pelo planeta e transformou Bebel em musa moderna da MPB e artista pop internacional.
JAMAICA E BAHIA
Mas o que esperar de um disco que começou a ser gravado naJamaica, onde Bebel fez uma versão não-reggae em português de Sun is shining (do rei Bob Marley), e que depois desembarcou em praias baianas? Mais precisamente, no estúdio Ilha dos Sapos, de Carlinhos Brown, marido de Helena Buarque, prima querida da cantora.
“Esse disco é resultado de várias emoções e coisas boas. As temporadas na Jamaica e na Bahia foram maravilhosas. Na Jamaica, estávamos também de férias, apaixonados. A gente ficava no estúdio, mergulhava, aquele mar lindo, fumava (risos). Em Salvador, em abril deste ano, Carlinhos nos recebeu com o carinho habitual e abraçou de corpo e almao trabalho”, conta.
Além de trabalhar em duas das composições feitas na Jamaica, Brown produziu as faixas Nossa Senhora (dele e de Paulo Levita, da dupla Palmyra & Paulo Levita), Ela/On my way (parceria com Bebel), Secret/Segredo (Bebel e Thomas Barlett), All in one (de Bebel e Cézar Mendes) e Chica chica boom chic.
Sucesso de Carmen Miranda em 1941, Chica chica boom chic ressurge com tempero eletrônico, percussão baiana, participação vocal de Brown e está na trilha da novela Viver a vida (Globo).
O PAI JOÃO
Um dos destaques do trabalho é a releitura de Bim bom (João Gilberto), gravada em Nova York e com participação de Daniel Jobim, neto do maestro Tom Jobim (1927-1994), no piano e no vocal. Pela primeira vez, Bebel gravou uma composição do seu genial pai.
E o que João achou da gravação? “Ele escutou por telefone, mas prefiro não comentar o que ele achou (risos). Foi coragem minha gravar Bim bom. Adoro meu pai, mas ele tem o jeito dele”, afirma a cantora. Com Momento (2007) e o novo álbum, Bebel reafirma um estilo próprio (de pop moderno com influência da bossa, algo nu jazz), depois que a sua bossa eletrônica do começo da década virou referência para muitas intérpretes e provocou o surgimento de clones em todo o mundo.
Ela, porém, não ficou chateada com a clonagem. “All in one tem pouca programação eletrônica, mas eu não liguei para os clones (risos). Música é mesmo algo reciclado o tempo todo. Depois, eu não me vejo em nenhuma outra cantora. Eu já te disse: sou inimitável, meu querido (risos)”, explica Bebel, que credita o sucesso internacional de sua música ao esforço do seu investimento, ao que ela vem fazendo nos Estados Unidos e na Europa (Inglaterra, sobretudo) desde o começo da década.
SHOWS NO BRASIL
“Minha base é em Nova York e em Londres. Me dedico muito mesmo, faço três turnês por ano no mesmo país. Musicalmente, eu não teria criado meu estilo se tivesse ficado no Brasil”, afirma, segura.
O time de produtores de All in one reflete bem o multiculturalismo da arte de Bebel Gilberto: além de Carlinhos Brown, tem Didi Gutman (argentino radicado nos EUA e integrante do grupo Brazilian Girls), Mario Caldato (brasileiro-americano), Mark Ronson (colaborador de Amy Winehouse e Lily Allen) e John King (dos Dust Brothers, responsáveis por álbuns de Beastie Boys e Beck).
Já na estrada, a cantora planeja shows no Brasil entre março e abril: “Adoraria cantar em Salvador. É quase que inacreditável, mas ainda não conseguir fazer uma turnê pelo Nordeste”.
“Minha base é em Nova York e em Londres. Me dedico muito mesmo, faço três turnês por ano no mesmo país. Musicalmente, eu não teria criado meu estilo se tivesse ficado no Brasil”, afirma, segura.
O time de produtores de All in one reflete bem o multiculturalismo da arte de Bebel Gilberto: além de Carlinhos Brown, tem Didi Gutman (argentino radicado nos EUA e integrante do grupo Brazilian Girls), Mario Caldato (brasileiro-americano), Mark Ronson (colaborador de Amy Winehouse e Lily Allen) e John King (dos Dust Brothers, responsáveis por álbuns de Beastie Boys e Beck).
Já na estrada, a cantora planeja shows no Brasil entre março e abril: “Adoraria cantar em Salvador. É quase que inacreditável, mas ainda não conseguir fazer uma turnê pelo Nordeste”.
CONFIRA ALGUNS VPIDEOS DE BEBEL GILBERTO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário