quarta-feira, 25 de novembro de 2009

INQUÉRITO SOBRE CORRUPÇÃO NA AGERBA CITA O IRMÃO DE GEDDEL...

FONTE: CORREIO DA BAHIA.
A investigação da Polícia Civil baiana sobre um suposto esquema de corrupção na Agerba (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia) envolve o nome de Lúcio Vieira Lima presidente do PMDB no estado e irmão do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima.
Segundo informações publicadas nesta quarta-feira (25) pela Agência Estado, Lúcio é citado em gravações de criminosos como 'gordo', 'gordinho' e 'gordo jovem'. Lúcio defendeu-se das acusações dizendo que não é o 'único gordo da Bahia'. A investigação policial culminou na prisão de sete acusados de comandar um esquema de cobrança de propinas na Agerba. Os mandados de prisão foram cumpridos nesta terça-feira (24). Todos os detidos já foram liberados.
O ESQUEMA.
As prisões começaram pelo ex-diretor da Agência, Antônio Lomanto Netto. Ele foi detido logo no início da operação, batizada de Expresso da Propina. Lomanto é acusado de comandar o esquema, cobrando propina de empresários. Os donos das empresas entram no inquérito como os corruptores do esquema ilegal de concessões.

Além de Lomanto, foram detidos Zilanda Costa Silva Moura, que prestava consultoria jurídica à empresa Viação Planeta, o presidente da Associação das Empresas de Transporte Coletivo Rodoviário (Abemtro), Décio Sampaio Barros, Ana Dosinda Penas Pinheiro (Expresso Alagoinhas), Paulo César Carletto, Ana Luzia Doria Velanes (Rota Transportes) e José Antonio Marques Ribeiro (Viação Planeta).
Antônio Lomanto Netto foi diretor a Agerba por 36 meses. O órgão promove atividades de regulação, concessão, controle e fiscalização dos serviços públicos relacionados a transporte público, além de distruibição de gás, entre outras atribuições. O acusado de corrupção deixou o cargo em agosto deste ano.
AS PROPINAS.
Segundo a investigação policial, a Agerba recebeu R$ 400 mil nas negociações entre as empresas citadas para aprovar a transferência irregular de linhas. Outros três casos estão em investigação, mas não tiveram os valores das propinas divulgados. O esquema foi apresentado à tarde pelo secretário de Segurança Pública, César Nunes. “Havia um direcionamento para a transferência das linhas. Deveria existir um processo licitatório. As empresas são concessionárias. Venceu prazo da concessão, não podem ser vendidas simplesmente”, afirmou. Além das prisões, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão (12 em Salvador e quatro em Itabuna).
Sete computadores, um laptop e diversos documentos foram levados para a sede do Centro de Operações Especiais da Polícia Civil (COE), onde os acusados passaram o dia prestando depoimento. “São provas documentais. As investigações prosseguem. Vamos seguir o rastro do dinheiro e analisar a quebra do sigilo bancário e fiscal dos envolvidos”, explicou Nunes.

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