Nos Estados Unidos,
onde a partida ocorreria, parceiros comerciais se recusaram a assinar
contratos.
A prisão de empresários no escândalo de corrupção na Fifa
e o confisco de bens de executivos no Rio obrigaram a CBF a sair em busca de
novos parceiros e a cancelar o jogo que estava marcado para ocorrer contra a
Argentina, em setembro, nos Estados Unidos. No lugar de disputar a partida
contra o grande rival, a CBF pode agendar amistoso na Costa Rica, contra a
seleção da casa.
Há duas semanas, a reportagem revelou com exclusividade
que a CBF ainda mantinha o jogo contra a Argentina, o chamado Superclássico das
Américas, evento criado pelo ex-presidente José Maria Marin e que era realizado
pelas empresas Fullplay e pela Klefer. A Fullplay, porém, teve seus dirigentes
detidos por corrupção, enquanto que a Klefer teve seus bens congelados, no
âmbito da mesma investigação.
Nos Estados Unidos, onde a partida ocorreria, parceiros
comerciais se recusaram a assinar contratos. À reportagem, um dos organizadores
da partida, Guillermo Tofoni, apontou que a Argentina está ainda disposta a
jogar contra o Brasil, mesmo fora do esquema do Superclássico. “Seria um jogo
amistoso, sem o envolvimento das empresas”, indicou o empresário, apostando
ainda na data de 5 de setembro em São Francisco, nos Estados Unidos. Segundo
ele, porém, a opção apresentada pelo Brasil era de disputar um amistoso contra
a Costa Rica, em San José.
A CBF, em e-mail à reportagem, indicou que ainda estuda
opções. “A CBF está avaliando outras possibilidades de adversários para o
amistoso do dia 5”, indicou. Mas jogar contra a Costa Rica não seria sem
riscos. A federação local está sem presidente, já que Eduardo Li também está
preso em Zurique, na Suíça. Ele foi indiciado pelo FBI e aguarda a sua
extradição aos Estados Unidos.
O jogo em San José, porém, poderia ser mais confortável
para a direção da CBF, que não precisaria viajar até os Estados Unidos. Marco
Polo Del Nero, presidente da entidade, está sendo investigado pelos
norte-americanos por envolvimento em esquemas de corrupção, inclusive
envolvendo a Fullplay. Em setembro, o Brasil também enfrenta os Estados Unidos,
na casa do adversário. As duas partidas seriam as únicas na preparação do time
do técnico Dunga para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, que será na
Rússia, a partir de outubro.
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