São Paulo – O Ministério da Saúde declarou na quarta-feira (11) situação de emergência nacional devido a um surto de microcefalia em
Pernambuco. Até agora, foram identificados 141 casos da doença em 44 municípios
do estado. De acordo com o ministro Marcelo Castro, a média nos anos anteriores
é de dez casos. Entenda um pouco mais sobre a situação:
O que é microcefalia?
A microcefalia é uma anomalia congênita caracterizada
pela alteração no tamanho do crânio do recém-nascido - bem abaixo da média. Ela
pode ser diagnosticada ainda na gestação e deixa sequelas como problemas
cognitivos, de visão e audição.
O que causa a doença?
Vários fatores podem provocar a anomalia, como a má
nutrição das mães, o uso de drogas e álcool durante a gravidez e doenças como
rubéola e toxoplasmose.
No caso específico de Pernambuco, investigadores analisam
uma possível relação com o zika – vírus transmitido pelo Aedes Aegypti e que
causa coceira na pele e febre baixa. Algumas das mães apresentaram alguns
desses sintomas no início da gestação.
E como está a situação em outros estados?
Rio Grande do Norte e Paraíba também registraram um
aumento recente no número de casos da doença. No Rio Grande do Norte, de acordo
com informações da Agência Estado, foram identificados 10 bebês nascidos com microcefalia
até o início da semana. Outras 11 gestantes tiveram o diagnóstico da
malformação no mesmo período.
Por que o governo declarou situação de emergência?
A declaração do surto de emergência, de acordo com o
ministério da Saúde, tem como objetivo facilitar a investigação de novos casos
e facilitar, caso seja preciso, compras e contratações emergenciais.
Uma equipe de pesquisadores foi enviada ao estado para
cuidar dos casos. As mães foram entrevistadas e, junto com os bebês, passaram
por exames.
Para ajudar na investigação de novos casos, a Secretaria
de Saúde de Pernambuco lançou um site para a notificação de ocorrências e um protocolo que orienta quais exames devem ser feitos e possíveis tratamentos.


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