FONTE: O Dia, TRIBUNA DA BAHIA.
Cerca de 10% dos pais de recém-nascidos
desenvolvem o quadro, segundo dados mundiais.
Nos
países desenvolvidos, 10% das mulheres desenvolvem depressão durante a gestação
e 13% no pós-parto. Os homens também podem sofrer com o problema: cerca de 10%
dos pais de recém-nascidos desenvolvem depressão pós-parto, segundo dados
mundiais apresentados no Congresso Brasileiro de Psiquiatria, encerrado ontem,
em Florianópolis (SC).
Joel
Rennó, diretor do Programa de Saúde Mental da Mulher da Universidade de São
Paulo (USP), chamou a atenção para a necessidade do reconhecimento dessa doença
na rede pública de saúde.
De
acordo com estudo apresentado por ele, o pré-natal pode ajudar a revelar se a
mulher tem ou não tendência à depressão pós-parto. A aplicação de um
questionário simples, com apenas seis perguntas, pode ajudar no diagnóstico.
A
médica Juliana Cavalsan destacou que fatores como gravidez
indesejada,complicações na gestação e estresse aumentam a probabilidade de a
mulher ter depressão pós-parto.
Mães
que tiveram a doença têm duas vezes mais chances de desenvolver depressão
novamente nos próximos cinco anos, disse a especialista.
O
psiquiatra Amaury Cantilino citou os principais fármacos receitados no
tratamento da doença e os efeitos colaterais nos bebês, já que as mães ainda
estão amamentando.
“Essa
doença destrói um momento precioso para mães e filhos. Reforço que a depressão
pós-parto precisa de acompanhamento e tratamento médico. Em alguns casos, os
fármacos são necessários”, afirma.

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