Silenciosa nos adultos,
o diabetes tem sintomas bastante nítidos nas crianças e adolescentes.
No próximo dia 14 de novembro, 181 países irão comemorar
o Dia Mundial do Diabetes. A data instituída pela International Diabetes
Federation (IDF) tem por objetivo aumentar a atenção e a prevenção para a
doença que atinge cerca de 382 milhões de pessoas em todo o planeta, segundo
dados da instituição.
No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo
Ministério da Saúde em parceria com o IBGE, revelou que 9 milhões de pessoas
sofrem com a doença. Do total de brasileiros portadores, 1 milhão são crianças,
de acordo com a Associação de Diabetes Juvenil.
Caracterizado pela falta de insulina ou deficiência na
utilização no organismo, causando elevação dos níveis de glicose (açúcar) na
corrente sanguínea, o surgimento do diabetes em crianças acontece em geral de
maneira súbita, é o que explica a Dra. Giovana Meireles, endocrinologista do
Hapvida. Segundo ela, apenas 10 a 20% das crianças diabéticas tem histórico de
antecedentes familiares.
Silenciosa nos adultos, o diabetes tem sintomas bastante
nítidos nas crianças e adolescentes. De acordo com a endocrinologista, os pais
devem estar alertas e procurar ajuda médica quando uma criança até então sadia
passa a sentir muita sede, urinar muito, aumentar o apetite ao mesmo tempo que
perde peso rapidamente e apresentar fraqueza.
A forma mais frequente da doença em indivíduos até os 18
anos é o tipo 1, que tem como origem alteração autoimune que leva a destruição
as células beta-pancreáticas, responsáveis pela produção de insulina. Segundo
Giovana Meireles, o aparecimento desse tipo de diabetes pode acontecer em
qualquer fase da infância e adolescência, sendo menos comum antes dos 3 anos de
idade.
A médica explica ainda que outros tipos de diabetes como
um tipo 1 mais raro que tem caráter hereditário e início mais lento e causa
desconhecida, podem ocorrer na criança. “Além desse, o diabetes tipo 2 tem se
tornado cada vez mais presente em adolescentes e jovens. Isso se deve provavelmente
a sua relação com a obesidade e alimentação inadequada”, avalia.
Formas de tratamento.
O acompanhamento das crianças diagnosticadas com diabetes deve ser feito por um endocrinologista. É este profissional que irá identificar o tipo ou os tipos de insulina mais indicados para cada caso, assim como as doses mais adequadas, explica Giovana. Segundo ela, além das doses diárias do medicamento a doença impõe disciplina alimentar, prática de atividade física e mudança no estilo de vida para que sejam prevenidas as complicações. “Para isso, o apoio da família e dos profissionais é fundamental”, diz.
O acompanhamento das crianças diagnosticadas com diabetes deve ser feito por um endocrinologista. É este profissional que irá identificar o tipo ou os tipos de insulina mais indicados para cada caso, assim como as doses mais adequadas, explica Giovana. Segundo ela, além das doses diárias do medicamento a doença impõe disciplina alimentar, prática de atividade física e mudança no estilo de vida para que sejam prevenidas as complicações. “Para isso, o apoio da família e dos profissionais é fundamental”, diz.
Cuidados com a alimentação de uma criança diabética.
De acordo com Michele de Souza, nutricionista do Hapvida, a alimentação de crianças com diabetes deve incluir escolhas saudáveis, com fracionamento e volume adequados para a compensação dos níveis glicêmicos e prevenção das complicações da patologia.
De acordo com Michele de Souza, nutricionista do Hapvida, a alimentação de crianças com diabetes deve incluir escolhas saudáveis, com fracionamento e volume adequados para a compensação dos níveis glicêmicos e prevenção das complicações da patologia.
Segundo ela, os nutrientes essenciais para a composição
da dieta de crianças diabéticas são os carboidratos complexos/ fibras
alimentares, gordura insaturada, proteínas de alto valor biológico, vitaminas e
minerais. Esses nutrientes são encontrados principalmente nas frutas, legumes e
verduras, cereais integrais, ovos, peixes, aves e carnes magras, leite e derivados
e óleos vegetais sob a forma crua.
Entre os alimentos que devem ser evitados, a
nutricionista destaca o açúcar e alimentos adocicados, sucos artificiais,
alimentos ricos em corantes e conservantes, gordura saturada, como frituras,
margarina, manteiga, embutidos (presunto, linguiça, salsicha, etc.), queijos
amarelos, temperos industrializados e produtos de panificação. Como opção para
esses alimentos, Michele indica as frutas e sucos naturais, sanduíche de pão
integral com queijos magros e folhosos, como alface e as raízes e tubérculos
(batata doce, batata yacon, aipim ou inhame).

Nenhum comentário:
Postar um comentário