Quando Renae
Cleary teve um forte dor de cabeça, ela acreditava que se tratava
apenas de uma enxaqueca, muito comum em sua família. Um médico, no entanto,
pediu para que a paciente fizesse uma ressonância magnética, só para garantir
que não tinha nada errado. Três dias depois, a mulher de 38 anos de idade foi
encaminhada, com urgência, para o Hospital de Perth.
Um médico explicou para
Renae que um tumor de 2,2 centímetros tinha crescido em seu cérebro e que se a
massa não fosse tratada imediatamente, ela morreria em até 24 horas. Após
receber a notícia tensa, Renae passou cinco dias em constante acompanhamento
médico, esperando a decisão dos profissionais sobre o que poderia ser feito. “Passei
por muitos exames. Eles revelaram o tumor de 2,2 centímetros“, explicou a
mulher.
Um mês após o
diagnóstico, a mulher encontrou um neurocirurgião que se dispôs a fazer a
cirurgia para remover a massa cancerígena. “A operação foi um sucesso. O
tumor foi removido por inteiro“, contou a mulher. Mas, após o procedimento,
Renae foi surpreendida com uma nova má notícia: “Fui diagnosticada com um
melanoma em estágio avançado, e nós não sabemos a origem. Nas palavras do meu
oncologista, o meu câncer está ‘com um pé no acelerador’“, contou a mulher.
O diagnóstico é ainda
mais surpreendente porque Renae vai com muita frequência ao dermatologista: “Eu
sempre faço o check-up da minha pele e removo qualquer pinta perigosa
rapidamente. Eu jamais imaginei que isso pudesse acontecer. É assustador. Você
é ensinado a procurar os sinais, mas as vezes eles não aparecem!“, contou a
mulher. Ela, então, passou mais duas semanas no hospital: “Quando eu voltei
para casa, não pude fazer muitas tarefas do dia a dia, como dirigir, cozinhar
ou levantar qualquer coisa mais pesada que 200 gramas“, contou a mulher. As
surpresas, no entanto, ainda não tinham chegado ao fim.
Após cinco dias em
casa, Renae notou que fluidos da sua coluna cerebral começaram a vazar da área
onde ela fez a cirurgia. Apesar de receber muitos pontos, o vazamento não
parou. “Eu precisei retornar para o hospital“, contou. A dor era tanta,
que a mulher passou nove dias imóvel durante sua internação: “Eu não
conseguia me mover sem avisar uma enfermeira. Essa foi a parte mais difícil. Eu
chorei tanto, me senti completamente sem esperanças“.
A mulher, que estudava
para ser enfermeira, abandonou as aulas e vendeu o apartamento para bancar as
contas médicas. Agora, Renae sobrevive graças à combinação de dois medicamentos
que “compram tempo”: “Por quanto tempo eu vou aguentar? Ninguém sabe dizer“,
explicou a mulher — que explicou que, apesar dos pesares, ela está respondendo
bem ao tratamento.
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