O governo quer reduzir
o preço da gasolina e do gás de cozinha até o próximo mês.
O governo quer reduzir
o preço da gasolina e do gás de cozinha até o próximo mês, mas garante que não
haverá interferência no modelo de reajuste de preços dos combustíveis praticado
pela Petrobrás.
Com apelo popular, a
quatro meses das eleições, a medida já é batizada como “política para o
consumidor” e prevê uma espécie de “seguro” para evitar que reajustes sejam
repassados totalmente à população até o fim do ano. Com receio de que novos protestos
e cobranças batam à porta do Palácio do Planalto, na esteira da greve dos
caminhoneiros, o governo tenta agora impedir que novos aumentos nos preços da
gasolina e do gás virem uma crise incontrolável.
O movimento dos
caminhoneiros expôs a fragilidade do presidente Michel Temer e as pressões
políticas sobre a Petrobrás culminaram com a saída do então presidente da
companhia, Pedro Parente, substituído na sexta-feira por Ivan Monteiro.
O núcleo político do
governo e a cúpula do MDB pressionam Temer por medidas de maior impacto para
enfrentar a crise neste ano eleitoral, marcado por uma sucessão de reveses e
desgastes para o presidente. Tudo está sendo planejado, porém, para evitar a
leitura de que o Planalto quer intervir na Petrobrás.
“Não há incompatibilidade
entre o governo ter uma política de preços para os combustíveis e as empresas
terem a dela. Isso é o que se faz no mundo todo”, disse ao Estado o ministro de
Minas e Energia, Moreira Franco. “As empresas competem no mercado e cuidam dos
seus resultados, mas o governo cuida das pessoas.
O que precisamos é
garantir previsibilidade para que todos possam se organizar”, completou ele.
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