Uma mulher russa de 32
anos descobriu após dez dias que o que ela pensava ser um nódulo nada mais era
do que um verme. As imagens da movimentação do parasita foram registradas em
selfies.
O caso foi publicado
pela revista médica The New English Journal of Medicine. No início, a mulher
notou um certo tipo de nódulo na região das pálpebras, mas ela não deu muita
atenção (imagem B). Após 5 dias, o caroço foi parar debaixo do seu olho
esquerdo (imagem A). Já no décimo dia, a russa notou que estava agora no seu
lábio superior (imagem C).
Somente após duas
semanas ela procurou um oftalmologista alegando que os nódulos causavam apenas
sensação de coceira e queimação no local. Ela contou que havia viajado
recentemente para zona rural nos arredores de Moscou, na Rússia, e lá foi
picada por mosquitos. O exame físico revelou uma infecção parasitária precisava
ser removida.
Segundo o Centro de
Controle de Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, a Dirofilaria repens é um
nematódeo que normalmente infecta cachorros ou gatos, seus – hospedeiros
definitivos – por meio de picadas de mosquitos – seus vetores. Em casos de
picadas do mosquito infectado, ela pode ser transmitida para nós humanos.
Esse tipo verme
encontra residência embaixo da pele humana, que permite sua locomoção para
outras partes do corpo como olhos e lábios. De acordo com o professor Vladimir
Kartashev, do Departamento de Doenças Infecciosas da Universidade Estatal de
Rostov, foram registrados entre 1977 e 2016 cerca de 4.000 casos de humanos
infectados por Dirofilariose, especialmente na Rússia e Ucrânia.
Apesar de o parasita
não ter condições ideais para viver em hospedeiros humanos, como a mulher
russa, ele pode levar um tempo para morrer. Então, o procedimento padrão é
removê-lo com uma cirurgia, como dá para ver na imagem D.
Nenhum comentário:
Postar um comentário