FONTE: Cláudia Collucci, https://www1.folha.uol.com.br
Os
renomados centros oncológicos M.D. Anderson e Memorial Sloan Kettering figuram
no topo.
São Paulo - Um grupo de
29 médicos do segundo e terceiro ano de residência em oncologia clínica do
Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira)
ficou entre os quatro melhores do mundo no exame anual da Asco (Sociedade Americana
de Oncologia Clínica).
O resultado vem no
momento em que o maior hospital oncológico do país, totalmente público,
completa dez anos.
A prova foi realizada
por 1.850 profissionais, a maior parte dos EUA, por meio de uma plataforma
digital que não permite “colas” ou conversas durante o exame.
As 200 questões de
múltipla escolha abrangeram várias áreas de conhecimento do campo oncológico,
como diagnósticos diferenciais e manejo de pacientes.
Os residentes do Icesp
superaram a média geral em oito pontos percentuais, com aproveitamento de 71%.
Participaram do exame 180 programas de residência em oncologia clínica de todo
o mundo.
“O objetivo da prova
não é ranquear o serviço, mas dar ferramentas para que os diretores dos
programas possam melhorar o ensino”, explica o oncologista Paulo Hoff,
diretor-geral do Icesp.
Como as médias de cada
programa são calculadas, isso acaba criando um gráfico de distribuição e
naturalmente um ranking. Cada instituição sabe sua posição, porém a lista com
os nomes não é divulgada.
Em geral, os renomados
centros oncológicos americanos M.D. Anderson, no Texas, e Memorial Sloan
Kettering, em Nova York, figuram entre os mais bem classificados. Em seguida
costumam vir instituições como Johns Hopkins, Princeton, Duke (costa leste) e
UCLA (costa oeste) .
“Quando a gente lista
essas instituições e imagina quantas ficaram atrás de nós, dá muito orgulho. O
fato de os nossos alunos estarem indo bem mostra que o nível de ensino que
damos é muito bom”, diz Hoff.
O resultado traz o desempenho
individual de cada aluno e todos os tópicos que ele precisa estudar para
melhorar na próxima prova. “A ideia não é punir ninguém, mas ajudar as pessoas
se desenvolverem.”
Segundo Hoff, outro
fato importante é que o Icesp acaba disseminando esse conhecimento para o resto
do país, já que há residentes de diferentes estados. O Icesp tem 42 residentes,
14 novos por ano. O programa tem duração de três anos.
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