De
acordo com notícia publicada pelo jornal local Le Parisien, Sandrine
Graneau, uma francesa de 36 anos que é mãe de três crianças, teve um pé e
partes dos dedos das mãos amputados devido condição rara. O problema surgiu após
uso indevido de coletor menstrual.
O que aconteceu.
Segundo
informações, Sandrine desenvolveu uma condição rara, conhecida como síndrome do
choque tóxico (SCT). A SCT acontece quando entramos em contato com as toxinas
produzidas pelas bactérias do gênero Staphylococcus, que pode
estar presente naturalmente no nosso organismo. Estimativas revelam que a
bactéria está presente em fossas nasais e pode se instalar até mesmo na
pele e no útero.
Entenda a condição causada por uso
indevido de coletor menstrual.
Embora
não seja um problema exclusivo de mulheres, casos com esse grupo se tornaram
cada vez mais comuns, associados ao uso de absorventes internos. Quando eles
permanecem mais tempo dentro do corpo do que o recomendado, aumenta o risco da
proliferação de bactérias que liberam substâncias tóxicas causando a infecção.
“É
importante ressaltar que a menstruação foi feita para sair do corpo, e não
ficar retida dentro da vagina por muito tempo”, alerta Eduardo Motta,
ginecologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em entrevista
à revista Galileu. De acordo com o especialista, absorventes usados por
muito tempo podem servir de porta de entrada para agentes infecciosos
causadores de doenças graves, como é o caso da SCT.
O caso da francesa.
O
caso de Graneau, entretanto, surpreendeu os médicos franceses, pois ela
usava um coletor menstrual quando foi contaminada. Uma investigação realizada
em 2019 sobre os “copinhos” revelou que eles são o método mais
seguro dentre as opções disponíveis para mulheres coletarem o sangue liberado
durante a menstruação. Segundo Motta, vale lembrar que tanto a segurança
quanto a eficácia dos absorventes ou coletores dependem do uso correto dos
produtos. É importante se atentar ao que está escrito na embalagem e não
ultrapassar o tempo de uso recomendado pelo fabricante. Graneau não lembra
quanto tempo permaneceu com o coletor dentro do canal vaginal até retirá-lo.
Contudo, ela afirmou ao Le Parisien que,
muitas vezes, as recomendações variam entre fabricantes, o que pode confundir
as consumidoras. “Quando ouço que a infecção está relacionada ao uso inadequado
de coletores e absorventes por mulheres, fico desanimada, pois as informações
que nos são fornecidas não são claras”, disse a francesa. “Segundo o
fabricante, está escrito nas instruções que os copinhos podem ser usados por
4, 6, 8 ou 12 horas. Por que não é indicado um tempo de uso claro e
padronizado?”, questionou.
Uso indevido de coletor menstrual:
Cuidados.
Motta
observa que é importante ter muita atenção ao utilizar coletores menstruais e
absorventes internos. É necessário evitar usá-los em situações como em viagens
ou durante a noite, quando o tempo de uso recomendado pode ser ultrapassado.
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