segunda-feira, 9 de novembro de 2009

LAMENTÁVEL E LASTIMÁVEL...

As cenas que o Brasil e boa parte do mundo viu durante a semana do massacre sofrido pela jovem GEYSE ARRUDA, 20 anos, aluna da Uniban, universidade privada de São Bernardo do Campo (SP) por parte de seus ‘colegas’ (com raríssimas exceções) já que nem todos os alunos participaram do ato insano e animalesco que esta jovem sofreu por está simplesmente com um vestido que os pouco mais de setecentos alunos acharam que não era uma roupa condizente com tal universidade.
Será que era a jovem que estava mal vestida ou aqueles que participaram de um massacre ou execração daquela estudante tem mesmo o instinto de perversidade? Foi nesta mesma universidade onde meses atrás uma outra jovem por não ter participado de atos de protesto foi surrada e por pouco não perdeu a vida e hoje vive escondida e com medo de todos que dela se aproximam traumatizada com as cenas em que foi vitima, é de lamentar onde é para se formar jovens para que tenhamos um País de futuro brilhante, ali estejam sendo formados verdadeiros bandidos, pois os atos citados não são de pessoas normais e que pensam em no futuro exercerem profissões que por eles foram escolhidas, será que a educação que tiveram nas escolas onde passaram até chegarem a universidade e a passada pela família é esta apresentada por este grupo nos dois casos?
Acredito que não, mas, infelizmente podemos presenciar um linchamento dentro de uma universidade onde até alguns professores e funcionários participaram quando deveriam ter na verdade defendido a jovem GEYSE das garras dos “loucos” que lhes dispensaram tal tratamento por causa de um simples vestido.
Será que os homens que participaram de tudo aquilo não tem mãe, tia, irmãs, esposas e/ou namoradas que algum dia tenham usado vestido ou mini-saia com o mesmo cumprimento do usado pela garota?
Será que as mulheres envolvidas são tão ‘santinhas’ assim que nunca usaram um vestido ou saia com o mesmo cumprimento para poderem assacar com a vida desta jovem? O Mais estranho em tudo isto é a decisão tomada depois de uma sindicância de expulsar a jovem da universidade, será que era ela quem deveria ser expulsa mesmo?
Baseado em todos os fatos que tem acontecido desde o dia do linchamento público desta jovem até hoje vejo que os responsáveis pela UNIBAN assinaram um verdadeiro atestado de ‘burrice’ ao expulsar a mesma do seu quadro de aluna quem deveria sofrer esta pena seriam aqueles que atiraram a primeira pedra, ah! Recordo-me agora de uma passagem bíblica onde Maria Madalena foi levada ante JESUS CRISTO, e com certeza seria apedrejada por ser ele uma prostituta e o nosso SALVADOR sem olhar na face de nenhum daqueles que estavam julgando Maria e falou: QUEM NÃO TIVER PECADO QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA, quantos cometeram ato tão insano? Nenhum pois eles também eram pecadores e esta jovem qual o pecado que ela cometeu? O de ir a uma universidade com um traje apropriado para festa e será que não o era para ter acesso a uma universidade? É de se admirar que os universitários são tão mentes abertas e julgarem uma moça apenas por um vestido.
Hoje já aparecem algumas pessoas que dizem que ela fez insinuações e isto gerou todo problema, e quantas outras GEYSEs fazem isto em universidades e fora e delas e no entanto não são escorraçadas como foi a estudante.
Se tivermos que apedrejar quem veste roupa curta ou anda praticamente sem roupa vamos ter que acabar com a beleza natural do carnaval das praias e que não me venham com falso moralismo dizendo que estes são locais apropriados para se viver ou estar de tal maneira.
Será que os pouco mais de setecentos alunos da UNIBAN que participaram do linchamento da GEYSE estão preparados para enfrentar uma formação profissional? Ou será que eles estão em uma universidade por serem ‘filhinhos de papais’ que tem condições de pagar para que seus filhos mostrem à sociedade que eles conseguiram um canudo, pois com certeza destes que estiveram participando de atos animalescos com o da jovem que foi retirada de dentro de seu veiculo por que não participou de ato de manifestação sei lá contra o que e o caso da GEYSE poucos tem mérito próprio para exercer a profissão pela qual conseguiu uma formação, com o dinheiro dos pais que querem mostrar ao mundo que seus filhos estão formados e em nível superior.
Será que GEYSE foi mesmo massacrada por seu vestido ser curto, ser cor de rosa ou tem m ais alguma coisa por trás de tudo isto, pois nem foram todos alunos da universidade que participaram de ato tão bestial, deve ter alguma coisa mais em tudo isto, será que não foram os enrustidos que armaram tudo isto? Se foi está na hora dos medrosos tirarem as mascaras e se mostrarem na verdade quem são para a sociedade.
É lamentável que em pleno século XXI na era da informática, globalização e tantas frescuras mais ainda tenhamos que conviver com o preconceito, racismo, autoritarismo, falso moralismo, hipocrisia e machismo? Infelizmente é o que estamos sempre vendo são atos desta natureza, o que mais me impressiona é que estes mesmos alunos que participaram destes dois cruéis atos vão está lá na frente querendo participar ou participando de atos contra tudo isto, mas com que moral eles poderão ser contra ou a favor qualquer coisa?
Que os dirigentes da Universidade revejam a punição dada à aluna e aja com mais rigor contra atos de vandalismo dentro dela. Chega de vermos em inicio de ano letivo alunos passando por humilhação com os bárbaros trotes que acontecem na maioria das universidades do País, um jovem perder a vida em decorrência deste maldito ‘trote’ e nada ser feito, muito embora uma vida que se vai não se recupera e até hoje os culpados estão impunes, que se tenha alguma coisa mais saudável para ocupar a mente dos que só querem atrapalhar os que vão estudar, os trotes em telefonemas já não são saudáveis imaginem os passados por alunos antigos em universidades com os novos colegas que chegam.
Isto sim deve ser combatido com veemência por parte das direções das universidades brasileiras, alunos que participam de trotes é que devem ser expulsos, pois não foram preparados para enfrentar quatro, seis, oito ou mais anos em uma universidade buscando um futuro melhor.
É LAMENTÁVEL E LASTIMÁVEL o que o Brasil e o mundo pode ver em dias passados na UNIBAN universidade de Ribeirão Preto interior de São Paulo, aconteça no dias de hoje.
Chega de covardia, chega de falso moralismo e preconceito, todos nós temos o direito de ir e vir da maneira que nos sentimos bem e não como querem os outros.
Vivemos em um País (sic) democrático até que me provem o contrário.

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