domingo, 22 de novembro de 2009

NEGROS SÃO DISCRIMINADOS EM ESTABELCIMENTOS COMERCIAIS, DIZ PESQUISA...

FONTE: ÚLTIMA INSTÂNCIA.

Uma pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP constatou que uma parcela significativa da população do munícipio de São Paulo (44,26%) já se sentiu discriminada no mercado de consumo no momento da compra de um produto ou serviço, em função de sua cor. No entanto, somente 3,70% destes consumidores denunciaram a discriminação para as autoridades competentes. Entre os que não se manifestaram, a maioria (54,29%) disse que não valia a pena levar o caso adiante.
De acordo com os entrevistados, a prática discriminatória mais comum é a desconfiança dos seguranças, além do não atendimento por parte do vendedor e até mesmo à proibição de entrada no estabelecimento.
Com a colaboração de alunos da Faculdade Zumbi dos Palmares, a pesquisa tem o objetivo de traçar um perfil da população afro descendente no mercado de consumo destacando acesso, hábitos, comportamentos e, principalmente, sua percepção em relação à discriminação étnico-racial neste contexto.
Em relação a campanhas publicitárias, 89,84% dos entrevistados não identificou nenhuma que incitasse à discriminação pela cor/raça.
O levantamento também constatou que 65,25% dos entrevistados afirmaram que não valorizam produtos pessoais de marca ou grife. Quanto aos produtos afro, verificou-se maior concentração de consumo em produtos para cabelo (54,43%) e pele (31,15%). Os locais mais frequentados pelos entrevistados no momento de lazer são: shopping center, cinema, bar,restaurante/lanchonete e danceteria/escola de samba.
METODOLOGIA
A pesquisa foi efetuada, por meio de entrevistas pessoais direcionadas ao público que se auto declarou de cor parda ou preta, quando lhe foi apresentado o conjunto de alternativas, segundo classificação do IBGE (amarela, branca, indígena, parda e preta). As entrevistas pessoais foram realizadas nos dias 03, 15, 16 e 19 de outubro, por meio de aplicação de 305 questionários estruturados.

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