FONTE: Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
O movimento surgiu na Austrália, em 2003, durante
o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, em 17 de novembro.
Por
ano, são feitos no Brasil cerca de 69 mil diagnósticos de câncer de próstata.
Para conscientizar homens sobre a importância da prevenção e diagnóstico desse
tipo de câncer, entidades médicas em todo o mundo iniciam neste mês campanha
chamada Novembro Azul. No Brasil, a campanha foi lançada oficialmente domingo (1º), durante o 35º Congresso Brasileiro de Urologia, no Rio de Janeiro.
O
movimento surgiu na Austrália, em 2003, durante o Dia Mundial de Combate ao
Câncer de Próstata, em 17 de novembro.
De
acordo com o médico Alfredo Canalini, membro da Comissão de Comunicação da
Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o foco da campanha é conscientizar os
homens para que façam o exame de próstata, principalmente aos 50 anos, “e mais
ainda para aqueles que são do fator de risco, que envolve história familiar
forte para câncer de próstata e homens afrodescendentes”.
“A
gente lamenta que alguns desses casos [câncer de próstata] não são feitos no
momento em que a doença é inicial. Por isso, a gente enfatiza muito o aspecto
do exame rotineiro do homem”.
O
urologista explicou que a doença não apresenta sintomas na fase inicial. Quando
o câncer de próstata começa a dar sintomas, a doença já está avançada. O câncer
de próstata é o mais frequente entre os homens.
Alfredo
Canalini destacou que com o aumento da longevidade, a incidência da doença
aumentou. “Mais da metade dos tumores malignos de próstata aparece nos homens
acima de 65 anos de idade”.
Durante
o mês de novembro, especialistas da SBU farão palestras em todo o país para
informar e orientar a população masculina a respeito da próstata e também as
mulheres. "Elas são as grandes agentes de saúde. São elas que conversam
com os maridos e os levam para o médico”, ressaltou Canalini.
O
aposentado Laurindo da Silva Carneiro, de 73 anos, morador no Rio de Janeiro,
faz questão de seguir à risca as recomendações. Graças aos exames e às
consultas periódicas ao urologista, ele detectou um tumor na próstata em etapa
inicial e foi operado “Não precisei fazer quimioterapia, nem nada, porque vi a
tempo [a doença]. Eu vinha sempre acompanhando, todo ano, também. Foi um
sucesso total", disse.
Laurindo
Carneiro contou que o filho, de 47 anos, segue seu exemplo. Ao ver que a taxa
de PSA (Antígeno Prostático-Específico) no sangue estava alta, fez exames que
constataram que a próstata estava inchada. O filho do aposentado passou por uma
cirurgia há cerca de um mês e passa bem. “Não dá
nenhum aviso, não dói [câncer de próstata]. Então, a pessoa tem que estar
sempre de olho. Quanto mais cedo, melhor”, recomendou.
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