FONTE: Yuri Abreu, TRIBUNA DA BAHIA.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da
Bahia (Sesab), a estimativa é de que, este ano, 3.450 novos casos de câncer de
próstata sejam detectados em todo o estado da Bahia, sendo aproximadamente 25%
aqui em Salvador.
De
acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a estimativa é de
que, este ano, 3.450 novos casos de câncer de próstata sejam detectados em todo
o estado da Bahia, sendo aproximadamente 25% aqui em Salvador. Ainda segundo o
órgão de saúde, o número de internações na rede pública estadual foi maior, em
2014, na faixa etária entre os 60 e 69 anos, quando 910 homens precisaram de
internação. Até agosto deste ano, o mesmo grupo ainda se mantém à frente, com
603.
Já a
nível Brasil, são feitos quase 70 mil diagnósticos da doença, por ano, segundo
a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Para tentar diminuir esses números,
conscientizando os homens sobre a importância da prevenção e diagnóstico desse
tipo de câncer, entidades médicas em todo mundo iniciam neste mês uma campanha
chamada Novembro Azul, cujo ápice se dará no dia 17, que se comemora o Dia
Mundial de Combate ao câncer de próstata.
No país, a campanha foi lançada no dia 1º e, durante todo o
mês de novembro, especialistas da SBU farão palestras em todo o país. Na
capital baiana, ações também serão feitas em alguns bairros onde homens com
idade a partir de 45 anos terão consultas com especialistas de áreas como
urologia e clínica geral, além de realizar exames como ultrassom e glicemia.
De acordo com o urologista, Antônio Luis Guimarães, apesar de haver crescimento no número de casos, os homens estão cada vez mais conscientes e há uma elevação na procura pelos especialistas. “O fato de a população estar envelhecendo mais rápido e alguns pacientes estarem perdendo a vergonha já ajuda. No entanto, há ainda um certo tabu e relutância, principalmente quando certas pessoas não têm o devido esclarecimento”, disse.
Não há
uma idade específica para que o paciente venha a desenvolver o câncer de
próstata, mas Guimarães citou que o pico de incidência geralmente é em homens
com 60 anos ou mais, sendo muito raro acontecer em pessoas com idade inferior a
40 anos. “A partir dos 45 já recomendamos que ele procure um especialista pelo
menos uma vez por ano para se prevenir. O médico, durante os exames, vai
alertar se ele deve visitar o consultório mais vezes”, salientou.
Dentre
os principais sintomas citados pelo urologista para quem pode vir a ter câncer
de próstata estão o aumento na frequência urinária, o esvaziamento, além do
notar a presença de sangue na urina. Outros fatores que podem ajudar a elevar
as chances de desenvolver a doença são o sedentarismo e o alto consumo de
gordura animal. “Quem descobre que tem o câncer, mas em fase inicial, tem
chance de cura de 90%, se fizer o tratamento correto. Contudo, a medida que os
sintomas avançam, as chances de melhora diminuem bastante”, pontuou. Para a
detecção do câncer de próstata, geralmente são realizados exames de sangue –
onde se faz a dosagem do PSA, uma enzima que é utilizada para diagnóstico e
controle da evolução da próstata – ou o chamado exame do toque retal.
Maior risco para negros e idosos.
De
acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de próstata, no
Brasil, é o segundo mais comum entre os homens – atrás apenas do câncer de pele
não-melanoma. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais
prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa
de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em
comparação aos países em desenvolvimento.
Mais do
que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que
cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos, ainda
segundo o Instituto. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode
ser parcialmente justificado pela evolução exames, melhoria na qualidade dos
sistemas de informação do país e aumento na expectativa de vida. Especialistas
da área ainda apontam que os negros constituem um grupo de maior risco para
desenvolvimento da doença.
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