FONTE: , (http://noticias.uol.com.br).
A testosterona define
as características tipicamente associadas aos homens, como voz mais grossa e
pelos faciais.
Todos os indivíduos
masculinos precisam desse hormônio para ter uma vida saudável física e
psicologicamente. Mas o nível de testosterona cai naturalmente com a idade -
estima-se que cerca de 2% ao ano a partir dos 30 e 40 anos.
Essa queda gradual
não deveria causar problemas, mas pode ser acentuada por certas doenças,
tratamentos ou lesões.
A carência de
testosterona é chamada hipogonadismo masculino, condição que pode afetar cinco
entre cada mil homens, segundo dados do Sistema Nacional de Saúde britânico, o
NHS.
Como saber ser o nível
deste hormônio está abaixo do normal?
Os principais sintomas são:
- Fadiga e letargia
- Depressão,
ansiedade e irritabilidade
- Redução da libido e
disfunção erétil
- Menor tolerância ao
exercício e menos força
- Redução na
frequência em que é necessário se barbear
- Maior sudorese e
transpiração noturna
- Baixa concentração
ou memória ruim
A longo prazo, o
hipogonadismo pode aumentar o risco de osteoporose, doença que deixa os ossos
mais frágeis.
O hipogonadismo não
faz parte do processo de envelhecimento, mas é um quadro relacionado à
obesidade e à diabetes tipo 2.
O diagnóstico é feito
com exames de sangue para medir os níveis de testosterona, que podem variar ao
longo do mesmo dia. Se a deficiência é confirmada, o paciente normalmente é
encaminhado a um endocrinologista.
Causas.
Apesar de ser
produzida nos testículos, a testosterona é um hormônio regulado pela hipófise e
pelo hipotálamo, glândulas localizadas no cérebro.
Sendo assim, qualquer
enfermidade que afete essas regiões pode causar hipogonadismo.
Mas o quadro também
pode ser ligado a problemas diretos nos testículos, como uma cirurgia, lesão ou
transtornos genéticos.
Infecções e
enfermidades hepáticas e renais, assim como o abuso no consumo de álcool,
também podem resultar em queda de testosterona. O mesmo pode ocorrer em
consequência de tratamentos médicos como radioterapia e quimioterapia.
'Menopausa masculina'.
Há muita controvérsia
entre especialistas médicos sobre o termo andropausa - discute-se se a
expressão é adequada para descrever uma "menopausa masculina".
Para autoridades
britânicas, o termo é usado de forma errônea pela mídia para explicar certos
sintomas comuns em homens a partir dos 40 anos e 50 anos.
Sintomas que poderiam
ser associados à baixa testosterona muitas vezes nada têm a ver com a produção
de hormônios, mas a problemas psicológicos e fatores externos como estilo de
vida, dieta e estresse.
Tratamento.
No caso de
confirmação de diagnóstico de hipogonadismo, o endocrinologista pode oferecer
tratamentos com suplementos hormonais sob a forma de tabletes, adesivos, gel e
injeções intramusculares. Todas as opções têm vantagens e desvantagens, assim
como efeitos colaterais.
Médicos recomendam
exames regulares de sangue para monitorar os níveis de testosterona.
Automedicação.
Nos últimos anos,
cresceram no mundo as prescrições de testosterona para homens. Nos EUA, canais
de esporte na TV estão repletos de anúncios de remédios à base do hormônio,
normalmente mostrando homens de meia idade cansados para participar de jogos de
basquete ou mal-humorados demais para curtir um jantar romântico.
Desde 2001, as
receitas de testosterona nos EUA triplicaram, o que levou a agência
governamental que regula o setor de saúde e alimentos, a FDA, a emitir alertas
sobre riscos de automedicação. A agência também tem lembrado que o
hipogonadismo não está relacionado ao envelhecimento.
O consumo excessivo
de testosterona pode resultar em problemas hepáticos e cardíacos e prejudicar a
fertilidade e a libido, segundo várias agências de saúde no mundo.
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