FONTE: Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
Estima-se que 77,8 milhões de pessoas pretendem ir
às compras na Páscoa.
Pesquisa
nacional divulgada esta semana pela Federação do Comércio do Estado do Rio de
Janeiro (Fecomércio-RJ) e Instituto Ipsos revela um aumento de 49% para 51%, ou
o correspondente a 77,8 milhões de pessoas, no número de brasileiros que
pretendem ir às compras na Páscoa.
A
consulta foi feita entre os dias 1º e 11 de fevereiro passado, com uma amostra
de 1,2 mil entrevistados no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte,
Salvador, Recife, Porto Alegre, Florianópolis e Brasília, além de outras 64
cidades do país.
Gerente de Economia da Fecomércio-RJ, Christian Travassos
informou que o aumento não é tão expressivo, mas representa um cenário de
evolução econômica. “Se a gente juntar isso com o crescimento do ticket médio,
que passou de R$ 74,98 para R$ 82,41, é mais um sinal que estamos construindo
melhoras graduais na economia”, disse Travassos.
Para o
economista, os indicadores de confiança do consumidor e do comércio também
apontam nessa direção, acrescidos dos resultados de inflação em desaceleração e
dos juros em queda.
Com
base no gasto médio dos consumidores com presentes da Páscoa, a estimativa da
Fecomércio-RJ/Ipsos é de que a data injetará na receita do comércio nacional
cerca de R$ 6,4 bilhões. “No momento em que vivemos na economia, toda ajuda é
bem-vinda para injetar ânimo no comércio e no consumo em geral”. Entre os 51%
de brasileiros que manifestaram intenção de presentear na Páscoa, 81% disseram
que comprarão ovos de chocolate e 24%, bombons.
Christian
Travassos lembrou que a Páscoa não é uma data que exige valores mais altos nos
presentes. “Em relação ao Dia das Mães ou Natal, por exemplo, são produtos mais
em conta”, afirmou. Sobre a forma de pagamento, 89% dos consultados responderam
que pretendem comprar à vista e 7% em prestações.
Expectativas.
Conforme
Travassos, a expectativa no médio prazo é que o cenário econômico melhore
gradualmente, com a inflação e os juros em queda. O economista acrescentou que
o consumidor está sempre ligado no impacto da inflação no dia a dia, porque,
quando a inflação está elevada, compromete o poder de compra.
De
acordo com o gerente da Fecomércio-RJ, outro fator que já apresentou melhora em
fevereiro foi o emprego. Segundo ele, a perspectiva é que melhore de forma mais
visível no terceiro trimestre deste ano. “O próprio Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged) já mostrou saldo
líquido de vagas positivo após 22 meses de contração. Parou, ainda que tenha
ficado estável. O fato de ter parado de deteriorar vagas foi positivo. Vamos
ver o que vai ocorrer em março e abril.”
Acompanhando
a maioria dos analistas, o economista disse acreditar que há uma perspectiva de
melhora mais visível nos próximos trimestres. "O emprego e as vendas do
comércio começarão a crescer em cima de um resultado que não era favorável.
Vamos começar a avançar, de modo a compensar perdas de 2015 e 2016.”
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