FONTE: *** Carol Salles, Colaboração para o VivaBem, em São Paulo, http://vivabem.uol.com.br
Não há quem viva bem sem a presença de fibras no
organismo. Isso porque esse tipo de carboidrato de origem vegetal é essencial
para o bom funcionamento do intestino, evitando não só a constipação, mas uma
série de outros incômodos e doenças.
Existem dois tipos de fibras. As insolúveis são
aquelas que não se diluem em água e permanecem intactas durante todo o trato
gastrointestinal. Encontradas principalmente nos derivados de grãos inteiros,
como nos farelos, e também nas verduras, que ajudam a aumentar o volume e a
qualidade do bolo fecal.
Já as solúveis, como o nome diz, se dissolvem em
água, formando uma espécie de gel. Dessa forma, aumentam a viscosidade dos
alimentos no estômago e facilitam a digestão. Além disso, elas têm a capacidade
de impedir a absorção de alguns tipos de gorduras, como o colesterol e, em
conjunto com as bactérias da flora intestinal, atuam na prevenção de doenças,
como o câncer.
A recomendação de consumo diário de fibras é de
20 a 35 gramas. A dieta típica brasileira, composta basicamente por arroz,
feijão, leguminosas e frutas — além de alguma proteína animal —, bastaria para
alcançar esse número. No entanto, uma estimativa do IBGE mostrou que a ingestão
média de fibras pelos brasileiros foi cerca de 15 g diárias, muito por conta da
preferência por alimentos processados, pobres em fibras, além da queda no
consumo de feijão.
E você, sabe se a sua ingestão pessoal de fibras
está adequada? A seguir, veja alguns sinais que podem indicar que não:
1) Pouca energia.
O carboidrato simples, aquele presente em
alimentos processados ou pão branco, transforma-se rapidamente em açúcar no
sangue, dando um pico de energia. Mas, como resposta, o organismo produz uma
quantidade grande de insulina. Dessa forma, essa energia é rapidamente
consumida ou armazenada como gordura. Por outro lado, alimentos ricos em fibras
evitam esses picos de açúcar no sangue, que é liberado de forma mais estável e
lenta — e a energia tende a se manter constante.
2) Fome pouco tempo depois de comer.
Alimentos pobres em fibra são absorvidos
rapidamente —com isso, a sensação de estômago vazio volta mais fácil. Já
aqueles que as contêm garantem saciedade por mais tempo. Isso porque o gel
formado pelas fibras insolúveis deixa mais lenta a absorção dos nutrientes da
dieta.
3) Dificuldade em perder peso.
Sim, as fibras são importantes para quem quer
emagrecer. Alimentos que não as possuem são mais fáceis de serem digeridos e
exigem menos tempo de mastigação. Assim, mesmo sem perceber, comemos mais. As
fibras, por outro lado, ajudam a manter a saciedade por mais tempo. Com isso,
naturalmente comemos menos para nos sentir satisfeitos.
4) Você não consegue fazer o número 2.
As fibras são essenciais para o bom funcionamento
do intestino. Sem elas, é constipação na certa.
5) Seus exames médicos não estão muito bons.
O consumo de fibras auxilia na prevenção de uma
série de doenças, como obesidade, diabetes tipo 2, diverticulite (uma
inflamação no intestino grosso) e até alguns tipos de câncer.
Como reverter esse quadro?
- Inclua alguns dos seguintes alimentos na dieta:
sementes de chia, feijão, lentilha, flocos de aveia, farelo de trigo, abacate e
goiaba. Todos eles têm boas quantidades de fibras.
- Sempre que possível, prefira alimentos integrais aos processados.
- O consumo de água é fundamental para que as fibras desempenhem seu papel. Vale a regrinha dos 2 litros por dia.
- Consuma frutas e legumes com casca, de preferência orgânicas.
- Sempre que possível, prefira alimentos integrais aos processados.
- O consumo de água é fundamental para que as fibras desempenhem seu papel. Vale a regrinha dos 2 litros por dia.
- Consuma frutas e legumes com casca, de preferência orgânicas.
*** Fontes consultadas: Celso
Cukier, nutrólogo, presidente do Instituto de Metabolismo e Nutrição e médico
assistente colaborador do departamento de Gastroenterologia Cirúrgica da Escola
Paulista de Medicina, de São Paulo (SP) e Pedro Assed, endocrinologista
pesquisador do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares (GOTA), do Rio de
Janeiro (RJ).
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