segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

ENGRAVIDAR NA PISCINA? CONHEÇA CINCO MITOS E UMA VERDADE SOBRE MOTEL...

FONTE: Daniela Carasco, Do UOL, em São Paulo, http://estilo.uol.com.br


Quem nunca ouviu ou viveu uma história de motel? Cenário propício a experiências diversas, o espaço costuma ser protagonista também de uma série de lendas e tabus. Afinal, o que é verdade e o que é mentira quando o assunto é o famoso quarto com espelho no teto?

Consultamos a Associação Brasileira de Motéis, o clínico geral Roberto Debski, a infectologista da Unifesp Gisele Cristina Gosuen e o infectologista do Hospital Santa Paula Claudio Gonsalez para desvendar os principais deles:

Posso engravidar na piscina do motel.

MITO. “Aposto que está cheia de espermatozoides”: este é um comentário clássico de quem tem aversão à piscina de motel. Se o medo é de engravidar, acalme-se. Segundo a ABM, a água é tratada com cloro, conforme padrões especificados da Vigilância Sanitária, e os filtros, ligados 24 horas por dia. Não existe a menor chance de o espermatozoide sobreviver. Fora do corpo humano, ele pode resistir por até duas horas, mas, para isso, precisa estar em condições ambientais adequadas -- mergulhado em sêmen ejaculado dentro de uma camisinha. Agora, se a água não estiver tratada, evite. Na ausência de cloro, agentes infecciosos e causadores de DST, como os da Hepatite A, podem se reproduzir e contaminar os frequentadores. 

É melhor jogar água quente na banheira de hidromassagem para desinfetar.

MITO. Motéis de qualidade têm como prática higienizar e esterilizar a hidro em dois processos para evitar contaminação. A primeira etapa é a da higienização da tubulação com um produto à base de cloro, assim como nas piscinas. Já no outro processo é feita a esterilização de toda a superfície da banheira com produtos desinfetantes. Até porque só água quente não é o suficiente para combater bactérias e fungos. A limpeza exige a presença de algum agente antisséptico como álcool ou detergente. Na dúvida, se o espaço está bem cuidado, repare se existem manchas ou sinais de ferrugem, que funcionam como alerta para evitar o uso. Caso contrário, se jogue!

Quem vem depois inevitavelmente toca nas secreções do casal anterior.

MITO. Há quem não frequente motéis por conta do medo de tocar no esperma e no suor do casal anterior. A ABM, porém, garante que após a saída de todo hóspede, camareiras fazem a troca completa das roupas de cama e banho. Na sequência, tudo é encaminhado a lavanderias terceirizadas, como qualquer hotel ou spa. Todas as peças do enxoval disponíveis para uso devem estar embaladas em um saco plástico lacrado. Se não estiverem, desconfie! Decidiu tomar um banho? Verifique se sabonetes e xampus estão lacrados.

A comida sempre vem da padaria ao lado.

MITO. Hoje é cada vez mais comum encontrar estabelecimentos com serviços que vão além da hospedagem. Os da categoria Premium, por exemplo, têm como prática comum convidar chefs renomados para assinar seus cardápios. De maneira geral, as cozinhas ficam abertas 24 horas por dia, com opções variadas de lanches, refeições completas e até sobremesas. 

Não dá para chegar a pé.

MITO. Por muito tempo, o acesso aos motéis só era permitido de automóvel. Mas há cerca de três anos, com o boom dos aplicativos de mobilidade, muitos estabelecimentos estão se adaptando com locais de embarque e desembarque, além de portões para pedestre.

Há risco de contrair DST ao encostar nos móveis.


VERDADE. Higienizar todos os móveis costuma ser um procedimento operacional padrão dos motéis, que ainda contam com uma dupla checagem. O problema é que se por acaso não for realizado, o local fica propício à permanência de micro-organismos. Na presença de uma secreção -- úmida e quente --, os causadores da gonorreia podem permanecer ativos por até três dias, enquanto os do HPV, sete. A sobrevida dos micro-organismos só cai quando estão em superfícies secas. Para não correr o risco, prefira cobri-los com uma toalha ou então passar álcool em gel, que tem ação protetora superior a 70%.

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