FONTE: http://leiamais.ba
O trabalhador que lida
com substâncias nocivas à saúde receberá um adicional de insalubridade.
Está na pauta de votações da
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) uma proposta que regulamenta as
profissões de lixeiro e varredor de ruas.
O texto em análise é um
substitutivo do relator, senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE) ao projeto
original (PLS 464/2009), do senador Paulo Paim (PT-RS).
O substitutivo estabelece que o
trabalhador que lida com substâncias nocivas à saúde receberá um adicional de
insalubridade proporcional ao risco, em índices que variarão de 10% a 40% do
salário.
Além disso, o piso salarial, que
será fixado em convenção ou acordo coletivo de trabalho, terá que ser
reajustado anualmente.
O texto do senador Paulo Paim
previa um piso salarial nacional para os garis, no valor de R$ 1 mil. Em seu
substitutivo, Bezerra retirou essa previsão.
De acordo com o relator, as
realidades regionais são muito díspares, o que inviabilizaria a criação de um
mesmo piso para o Brasil inteiro. Além disso, segundo ele, o governo federal
não pode fixar o salário de servidores públicos municipais, como são muitos
coletores de lixo. Por fim, Bezerra argumentou que uma parte desses trabalhadores
é de empresas privadas terceirizadas e que, portanto, é desaconselhável a
interferência estatal em questões salariais.
Antes de chegar à CAE, o projeto
passou pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde foi modificado e recebeu
um dispositivo estabelecendo que terão preferência nos serviços de limpeza
urbana os trabalhadores com diploma de ensino fundamental e certificado de
curso de formação profissional.
Bezerra também retirou essa
previsão, explicando que ela prejudicaria os trabalhadores menos qualificados,
justamente os que encontram mais dificuldade para entrar e manter-se no mercado
de trabalho.
Para evitar termos como “gari”,
“lixeiro” e “varredor de rua”, que variam de cidade para cidade, o substitutivo
de Bezerra regulamenta a profissão de “agente de coleta de resíduos, de limpeza
e de conservação de áreas públicas”. A proposta também inclui os trabalhadores
que coletam lixo hospitalar e os que acondicionam resíduos para posterior
reciclagem.
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