sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

PÊNIS FRATURADO NO SEXO NÃO É LENDA; ENTENDA ESSE E OUTROS ACIDENTES...

FONTE: *** Heloísa Noronha, Colaboração para o UOL, http://estilo.uol.com.br

Uma transa mais arrebatadora pode provocar muito mais do que marcas de mordida e joelhos e cotovelos ralados. De camisinhas perdidas na vagina a pênis sangrando por excesso de entusiasmo, tudo pode ocorrer.

Saiba sobre alguns deles, para evitar contratempos e riscos desnecessários.

Pênis fraturado.
Mesmo sem ter nenhum osso, o pênis é formado por um corpo cavernoso com várias estruturas que parecem esponjas e são responsáveis pela concentração de sangue da ereção. A fratura acontece quando, durante a penetração, o órgão erra o caminho e acaba se “dobrando”, rompendo algumas fibras com o impacto.

Segundo especialistas, no momento, escuta-se um estalo e há perda imediata da ereção. Em poucos minutos, um grande hematoma se forma. Esse acidente exige que o homem procure atendimento médico, para que um profissional avalie o estado e aplique o melhor tratamento. Em casos mais extremos, uma cirurgia é indicada para prevenir sequelas, como curvaturas e deformidades. Importante saber: a posição mais arriscada é a que a mulher vai por cima do homem.

Camisinha perdida na vagina.
O preservativo pode se soltar durante a transa se for colocado do jeito errado (se não estiver totalmente desenrolado, por exemplo) ou se o seu tamanho for maior do que o diâmetro do pênis.

Na maior parte das vezes, dá para puxar a camisinha sem grandes esforços –o grande risco fica por conta de uma possível doença sexualmente transmissível ou uma gravidez indesejada, já que o esperma pode ter vazado. A recomendação é entrar em contato com o ginecologista assim que possível para uma orientação adequada.

Há, entretanto, duas situações em que o objeto fica literalmente dentro da vagina.

A primeira é quando a mulher adormece ou demora para tirar o preservativo, o que pode desencadear coceira, corrimento com odor desagradável e candidíase.

A segunda circunstância, mais rara, mas muito assustadora, é o preservativo entrar de tal forma na vagina que se torna impossível de puxá-lo ou vê-lo. Nesse caso, é fundamental procurar um ginecologista com urgência para que ele faça a retirada em consultório, com a ajuda de um espéculo e sem furar a camisinha.

Freio do pênis rompido.
Sabe aquela “tirinha” que prende o prepúcio e se localiza entre a pele que reveste o pênis e a glande? Também chamada de frênulo ou freio, ela pode se romper e provocar muita dor e sangramento. Isso acontece, em geral, quando o frênulo é muito curto.

Apesar da dor, não há maiores consequências a não ser a interrupção do momento de diversão (não só na hora, mas por alguns dias).

Para tratar, basta pressionar a área com uma gaze esterilizada, para estancar o sangramento e fazer compressa com gelo. Em poucos dias, o machucado cicatriza.

Na dúvida, vale consultar um urologista – inclusive antes do rompimento acontecer, porque uma cirurgia preventiva pode evitar o problema.

Vagina cortada.
Lubrificação é tudo na vida de uma mulher. Mesmo que ela esteja ansiosa por sexo, às vezes, certos medicamentos ou fatores como estresse (que dificulta o relaxamento) e o início da menopausa acabam deixando a vagina mais ressecada.

Daí, por maior que seja a animação, a penetração se revela bastante incômoda e agressiva. Sem um bom lubrificante, podem acontecer pequenos cortes e fissuras na vagina, que provocam dor e inchaço.
O mais indicado é interromper a transa e lavar a área com água fria, para aliviar a vermelhidão e a ardência. Caso o incômodo perdure, é bom procurar um ginecologista para checar a possibilidade de ser uma infecção ou algum outro problema.

Objetos “perdidos” no ânus ou na vagina.
Não, aquele raio-X perturbador que você recebeu no WhatsApp não é fruto de recursos do Photoshop. Qualquer setor de emergência de hospital nesse mundão afora coleciona histórias de pacientes que tiveram coisas –de legumes a escovas de dentes e celulares– introduzidas no ânus, e impossíveis de retirar sem uma intervenção médica.

Por meio do anuscópio, equipamento para melhor visualização do reto, o médico consegue visualizar o objeto perdido e retirá-lo manualmente. Dependendo do tamanho e da natureza do “brinquedo”, pode sair pelas vezes.

Por falar em brinquedo, é por causa desse tipo de acidente que os fabricantes de produtos eróticos costumam colocar alças ou puxadores nos plugues anais. Na vagina, os riscos são os mesmos da camisinha, com a ressalva de que há o perigo extra de algo machucar o colo do útero e gerar uma infecção.


*** Fontes: Alex Meller, urologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); Cristina Carneiro, ginecologista e obstetra, e Renato de Oliveira e Silvio Pires, ginecologista responsável pela área de reprodução humana e urologista da clínica Criogênesis, em São Paulo.

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