FONTE: *** Heloísa Noronha, Colaboração para o
UOL, http://estilo.uol.com.br
Uma transa mais arrebatadora pode provocar muito
mais do que marcas de mordida e joelhos e cotovelos ralados. De camisinhas
perdidas na vagina a pênis sangrando por excesso de entusiasmo, tudo pode
ocorrer.
Saiba sobre alguns deles, para evitar contratempos
e riscos desnecessários.
Pênis fraturado.
Mesmo sem ter nenhum osso, o pênis é formado por um
corpo cavernoso com várias estruturas que parecem esponjas e são responsáveis
pela concentração de sangue da ereção. A fratura acontece quando, durante a
penetração, o órgão erra o caminho e acaba se “dobrando”, rompendo algumas
fibras com o impacto.
Segundo especialistas, no momento, escuta-se um
estalo e há perda imediata da ereção. Em poucos minutos, um grande hematoma se
forma. Esse acidente exige que o homem procure atendimento médico, para que um
profissional avalie o estado e aplique o melhor tratamento. Em casos mais
extremos, uma cirurgia é indicada para prevenir sequelas, como curvaturas e
deformidades. Importante saber: a posição mais arriscada é a que a mulher vai
por cima do homem.
Camisinha perdida na vagina.
O preservativo pode se soltar durante a transa se
for colocado do jeito errado (se não estiver totalmente desenrolado, por
exemplo) ou se o seu tamanho for maior do que o diâmetro do pênis.
Na maior parte das vezes, dá para puxar a camisinha
sem grandes esforços –o grande risco fica por conta de uma possível doença
sexualmente transmissível ou uma gravidez indesejada, já que o esperma pode ter
vazado. A recomendação é entrar em contato com o ginecologista assim que
possível para uma orientação adequada.
Há, entretanto, duas situações em que o objeto fica
literalmente dentro da vagina.
A primeira é quando a mulher adormece ou demora
para tirar o preservativo, o que pode desencadear coceira, corrimento com odor
desagradável e candidíase.
A segunda circunstância, mais rara, mas muito
assustadora, é o preservativo entrar de tal forma na vagina que se torna
impossível de puxá-lo ou vê-lo. Nesse caso, é fundamental procurar um
ginecologista com urgência para que ele faça a retirada em consultório, com a
ajuda de um espéculo e sem furar a camisinha.
Freio do pênis rompido.
Sabe aquela “tirinha” que prende o prepúcio e se
localiza entre a pele que reveste o pênis e a glande? Também chamada de frênulo
ou freio, ela pode se romper e provocar muita dor e sangramento. Isso acontece,
em geral, quando o frênulo é muito curto.
Apesar da dor, não há maiores consequências a não
ser a interrupção do momento de diversão (não só na hora, mas por alguns dias).
Para tratar, basta pressionar a área com uma gaze
esterilizada, para estancar o sangramento e fazer compressa com gelo. Em poucos
dias, o machucado cicatriza.
Na dúvida, vale consultar um urologista – inclusive
antes do rompimento acontecer, porque uma cirurgia preventiva pode evitar o
problema.
Vagina cortada.
Lubrificação é tudo na vida de uma mulher. Mesmo
que ela esteja ansiosa por sexo, às vezes, certos medicamentos ou fatores como
estresse (que dificulta o relaxamento) e o início da menopausa acabam deixando
a vagina mais ressecada.
Daí, por maior que seja a animação, a penetração se
revela bastante incômoda e agressiva. Sem um bom lubrificante, podem acontecer
pequenos cortes e fissuras na vagina, que provocam dor e inchaço.
O mais indicado é interromper a transa e lavar a
área com água fria, para aliviar a vermelhidão e a ardência. Caso o incômodo
perdure, é bom procurar um ginecologista para checar a possibilidade de ser uma
infecção ou algum outro problema.
Objetos “perdidos” no ânus ou na
vagina.
Não, aquele raio-X perturbador que você recebeu no
WhatsApp não é fruto de recursos do Photoshop. Qualquer setor de emergência de
hospital nesse mundão afora coleciona histórias de pacientes que tiveram coisas
–de legumes a escovas de dentes e celulares– introduzidas no ânus, e
impossíveis de retirar sem uma intervenção médica.
Por meio do anuscópio, equipamento para melhor
visualização do reto, o médico consegue visualizar o objeto perdido e retirá-lo
manualmente. Dependendo do tamanho e da natureza do “brinquedo”, pode sair
pelas vezes.
Por falar em brinquedo, é por causa desse tipo de
acidente que os fabricantes de produtos eróticos costumam colocar alças ou
puxadores nos plugues anais. Na vagina, os riscos são os mesmos da camisinha,
com a ressalva de que há o perigo extra de algo machucar o colo do útero e
gerar uma infecção.
*** Fontes: Alex Meller, urologista da
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); Cristina Carneiro, ginecologista e
obstetra, e Renato de Oliveira e Silvio Pires, ginecologista responsável pela
área de reprodução humana e urologista da clínica Criogênesis, em São Paulo.
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