FONTE: Do VivaBem, http://vivabem.uol.com.br
Pessoas com alto nível de açúcar (glicose) no
sangue tendem a ter um declínio da função cognitiva em longo prazo, segundo um
novo estudo.
Os pesquisadores do Imperial College London
obtiveram dados do Estudo Longitudinal Inglês do Envelhecimento (ELSA), uma
avaliação contínua da saúde de uma amostra da população inglesa de 50 anos ou
mais.
Para o estudo, publicado no periódico Diabetologia, a equipe rastreou 5.189
participantes, avaliando seu nível de função cognitiva entre 2004 e 2015. Os
cientistas também monitoraram os níveis de HbA1c, conhecido como hemoglobina
glicada, uma medida do controle de açúcar no sangue.
Todos os participantes apresentaram algum nível
de declínio cognitivo ao longo da avaliação, devido ao envelhecimento. No
entanto, os pesquisadores descobriram que aqueles com maiores
níveis de HbA1c tiveram uma taxa de declínio acentuada da capacidade cognitiva,
memória e execução de algumas habilidades.
Relação entre glicemia e o funcionamento
do cérebro.
Quando alta demais, a glicemia (taxa de glicose
no sangue) pode indicar um quadro de pré-diabetes ou até mesmo de diabetes. Mas
os níveis de açúcar também podem afetar o cérebro.
Alguns
estudos já observaram uma relação entre o diabetes e o declínio
cognitivo em condições como Alzheimer. A ligação entre os dois é fácil de
entender: o cérebro é um dos órgãos que mais consomem energia no corpo humano
--e se ela está em falta no organismo, é natural que ele também sinta os
efeitos.
Mas as novas descobertas vão além de apenas
restabelecer o vínculo entre diabetes e declínio cognitivo. O que os
pesquisadores encontraram é que o aumento do declínio cognitivo não se
limita apenas aqueles que são diabéticos, mas a maiores contagens de HbA1c em
geral.
Enquanto os pesquisadores ainda tentam entender o
que esses mecanismos poderiam significar, o estudo mostra que, independentemente
de a pessoa ser diabética ou não, dietas com alto teor de açúcar devem ser evitadas.
"Só porque você não tem diabetes tipo 2 não
significa que você pode comer a quantidade de carboidratos que quiser",
disse o epidemiologista Rosebud Roberts, da Clínica Mayo, que não estava
envolvido no estudo, ao The
Atlantic. "Especialmente se você não está ativo. O que comemos
é um fator importante na manutenção do controle do nosso destino."
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