Você trabalha, estuda, cuida da família e da casa.
Quando percebe, já está tarde e ainda não deitou para dormir. Quanto mais isso
se repete, pior para sua saúde. Hoje e no futuro. Dormir é como se alimentar e
matar a sede: é uma necessidade fisiológica que impacta diretamente no seu
organismo. Por isso, valorize o seu descanso.
“É preciso obedecer a demanda do corpo e dormir
quando ele pede. O importante é dormir quando estiver cansado e despertar
descansado. A preocupação excessiva e a falta de sono podem aumentar o risco
de hipertensão, doenças degenerativas, ansiedade e depressão”, explica
Leonardo Ierardi Goulart, neurologista especialista em sono do Hospital Albert
Einstein, em São Paulo.
Os impactos da falta de sono no
corpo.
Um estudo recente da Escola de Medicina da
Universidade de Bonn, na Alemanha, mostrou que a falta de sono aumenta a
pressão sanguínea e sobrecarrega o coração já no curto prazo, aumentando a
força dos batimentos (contratilidade) e sua frequência. A pesquisa analisou
médicos da própria universidade que enfrentam turnos de 24h de trabalho.
“Dormir mal piora a qualidade de vida. Quem tem restrição de sono, por exemplo, tem maior risco de desenvolver hipertensão e ter um infarto agudo do miocárdio por culpa do descanso insuficiente”, alerta Geraldo Lorenzi Filho, diretor do Laboratório do Sono do Instituto do Coração (Incor) e vice-presidente da Associação Brasileira do Sono (ABS).
“Dormir mal piora a qualidade de vida. Quem tem restrição de sono, por exemplo, tem maior risco de desenvolver hipertensão e ter um infarto agudo do miocárdio por culpa do descanso insuficiente”, alerta Geraldo Lorenzi Filho, diretor do Laboratório do Sono do Instituto do Coração (Incor) e vice-presidente da Associação Brasileira do Sono (ABS).
Dormir mal também afeta seu
cérebro.
O cérebro
também sofre com isso. Afinal, é durante o sono que o organismo faz uma
“limpeza geral”, retirando toda a sujeira química acumulada no metabolismo.
“Quem dorme pouco acaba acumulando mais radicais livres e estressa e inflama o
cérebro. Para piorar, muitas vezes algumas pessoas ainda tomam remédios que
estimulam o sono sem necessidade. A conta vem a longo prazo: depressão,
estresse, pressão alta, arritmia e doenças cardíacas”, aponta Goulart.
A preocupação com a falta de sono e com o descanso ineficaz já dispara alertas mundiais. “Os problemas do sono constituem uma epidemia global que ameaça a saúde e a qualidade de vida de até 45% da população mundial”, divulgou a Associação Mundial de Medicina do Sono (WASM), chamando a atenção para a abrangência do assunto.
A preocupação com a falta de sono e com o descanso ineficaz já dispara alertas mundiais. “Os problemas do sono constituem uma epidemia global que ameaça a saúde e a qualidade de vida de até 45% da população mundial”, divulgou a Associação Mundial de Medicina do Sono (WASM), chamando a atenção para a abrangência do assunto.
E uma das causas para esse problema é o mau uso da
tecnologia. Atualmente, os celulares são companheiros de muita gente nos
momentos antes de dormir, além dos computadores e das televisões.
“Essa luminosidade dos aparelhos atrasa nosso sono, então você fica excitado antes de dormir e atrasa seu sono, mas de manhã o despertador toca. Hoje existe uma restrição crônica do número de horas de sono”, analisa Geraldo Lorenzi Filho, diretor do Laboratório do Sono do Instituto do Coração (Incor) e vice-presidente da Associação Brasileira do Sono (ABS).
“Essa luminosidade dos aparelhos atrasa nosso sono, então você fica excitado antes de dormir e atrasa seu sono, mas de manhã o despertador toca. Hoje existe uma restrição crônica do número de horas de sono”, analisa Geraldo Lorenzi Filho, diretor do Laboratório do Sono do Instituto do Coração (Incor) e vice-presidente da Associação Brasileira do Sono (ABS).
Alzheimer e o sono.
Estudo recente publicado no Neurology, periódico
oficial da Academia Americana de Neurologia, associa a falta de sono à maior
chance de desenvolver Alzheimer. Segundo Geraldo Lorenzi, a preocupação é real,
embora não seja possível, por enquanto, determinar uma relação efetiva de causa
e consequência.
“O sono é o momento de limpeza do sistema
neurológico, é quando o sistema limpa os acúmulos da atividade celular e os
radicais livres, então essa análise faz sentido”, opina.
O que está comprovado é que algumas consequências da falta de descanso podem elevar as chances de demências. “O risco é maior quando a pessoa ‘força a barra’: ficar uma semana dormindo 3h por noite e depois tentar compensar dormindo 48h seguidas não adianta, pois a pessoa já forçou o corpo e o sono perdido não é reposto”, argumenta Leonardo Goulart.
O que está comprovado é que algumas consequências da falta de descanso podem elevar as chances de demências. “O risco é maior quando a pessoa ‘força a barra’: ficar uma semana dormindo 3h por noite e depois tentar compensar dormindo 48h seguidas não adianta, pois a pessoa já forçou o corpo e o sono perdido não é reposto”, argumenta Leonardo Goulart.
Como melhorar as horas de sono?
Não existe uma fórmula mágica. Mas, na verdade, os
especialistas indicam uma solução simples: adotar hábitos saudáveis. E
os melhores conselhos são aqueles que nossas avós já nos davam: ter um horário
regular para dormir, não ir para a cama tarde, fazer exercício físico, ter uma
alimentação saudável e não ficar com aparelhos luminosos na cama.
Leonardo Ierardi, do Albert Einstein, acrescenta:
“É só ficar atento se há excesso de atividade mental antes de dormir ou excesso
de sonolência quando deveria estar acordado. Se esses sinais de desequilíbrio
forem rotineiros, é preciso procurar um especialista”, completa.
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