FONTE: Do VivaBem, em São Paulo, http://vivabem.uol.com.br
Depois de um estudo comprovando que a dieta MIND
pode reduzir o risco de desenvolver Alzheimer, pesquisadores resolveram avaliar
como essa alimentação pode beneficiar pacientes que sofreram um AVC.
Desenvolvida pela professora Martha Clare Morris, da Rush University Medical
Center, a dieta MIND é uma mescla da DASH, criada para diminuir a pressão
arterial, com a mediterrânea.
Criada para promover a saúde do cérebro, a MIND prioriza o consumo diário de vegetais, nozes, feijões, peixes, aves, grãos integrais, azeite e bem pouco de vinho tinto. A recomendação é evitar carnes vermelhas, manteiga, margarina, queijos, doces, frituras e fast- food.
Criada para promover a saúde do cérebro, a MIND prioriza o consumo diário de vegetais, nozes, feijões, peixes, aves, grãos integrais, azeite e bem pouco de vinho tinto. A recomendação é evitar carnes vermelhas, manteiga, margarina, queijos, doces, frituras e fast- food.
Uma equipe da Rush University Medical Center,
incluindo a idealizadora da dieta, resolveu descobrir se há um vínculo entre
a adesão à dieta MIND e uma taxa mais lenta de declínio cognitivo em pacientes
que sofreram um AVC. As descobertas foram apresentadas em uma conferência
internacional sobre derrame, realizada neste mês, em Los Angeles, na
Califórnia.
Acidente vascular cerebral e
demência.
"Sabemos que os sobreviventes de AVC são duas
vezes mais propensos a desenvolver demência, em comparação com a população em
geral", explica
Laurel J. Cherian, principal autora da pesquisa.
Como o estudo anterior sobre a dieta mostrou que as
pessoas que aderiram à MIND foram avaliadas cognitivamente como se fossem
7,5 anos mais jovens, Cherian quis avaliar se isso também seria possível
entre os sobreviventes de AVC.
O estudo conduzido por Lauriel foi realizado com
106 participantes que tiveram um AVC. Eles foram avaliados por cerca de quatro anos,
sendo que fizeram um teste por ano para avaliar o nível de declínio
cognitivo. Os participantes registraram sua dieta usando um questionário de
frequência alimentar, que permitiu aos pesquisadores identificar o nível de
aderência à dieta (alta, média e baixa).
De acordo com a equipe, "a alta adesão à dieta
MIND foi associada a uma taxa substancialmente mais lenta de declínio cognitivo
em sobreviventes de AVC".
No entanto, os participantes que acabavam seguindo
mais a dieta DASH ou a do Mediterrâneo não tiveram os mesmos benefícios.
"Essas duas dietas já demonstraram ser positivas para outras doenças, como
as arteriais, mas parece que os nutrientes da MIND são os mais adequados para a
saúde do cérebro e para preservar a cognição", afirma Cherian.
Ainda são necessários mais estudos para validar os
achados da equipe e avaliar os resultados a longo prazo dessa dieta. No
entanto, Cherian acredita que os resultados preliminares já trazem informação
suficiente para incentivar os pacientes que sofreram um AVC a encarar os
alimentos como ferramentas para otimizar o cérebro.
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