FONTE: Do VivaBem, em São Paulo, http://vivabem.uol.com.br
Alguns estudos já
relacionaram a obesidade, a resistência à insulina e a síndrome metabólica a alterações
na flora intestinal. Mas, de
acordo com novo estudo da Georgia State University, é possível reverter esse
quadro com uma dieta rica em fibras, capaz de promover o crescimento das
bactérias intestinais.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, um a cada cinco
brasileiros está obeso. E tanto a obesidade quanto à síndrome metabólica estão relacionadas a
vários problemas de saúde, como hipertensão, alto nível de açúcar no sangue,
excesso de gordura corporal e níveis anormais de triglicerídeos ou colesterol.
Os pesquisadores acreditam que a obesidade aumentou
por conta da adoção de uma dieta rica em alimentos processados e com poucas
fibras. Esse tipo de alimentação altera a composição das bactérias intestinais,
reduzindo sua população e alterando as proporções das espécies, além de
provocar uma resposta inflamatória.
A pesquisa, publicada na revista Cell Host and
Microbe, quis identificar a relação entre obesidade, bactérias intestinais,
inflamação e ingestão de fibras.
Estudos anteriores já mostraram que suplementos de
fibra reduzem a acumulação de gordura e os sintomas da síndrome metabólica. No
entanto, essas fibras em excesso também causam efeitos colaterais, como
flatulência e inchaço. E a equipe liderada por Andrew Gewirtz, professor
do Instituto de Ciências Biomédicas do Estado da Geórgia, quis compreender como
isso acontecia.
No estudo, os pesquisadores alimentaram ratos com
uma dieta com alto teor de gordura para induzir a obesidade nos roedores. No
entanto, um grupo de animais recebeu uma baixa quantidade de fibras, enquanto o
outro recebeu uma alta quantidade de fibras.
Como esperado, após quatro semanas, os animais com
a dieta enriquecida com fibras apresentaram obesidade reduzida e uma redução no
tamanho das células de gordura, sem contar menores níveis de colesterol e menor
incidência de níveis anormais de açúcar no sangue. Já os ratos alimentados com
baixa quantidade de fibra tinham pouca redução na obesidade e nos níveis de
açúcar no sangue.
Os pesquisadores descobriram que os efeitos
positivos observados nos ratos alimentados com fibras aconteceram devido a uma
série de fatores. Os níveis de bactérias intestinais foram restaurados graças à
proteína interleucina-22. que foi restaurada.
"O estudo revelou o mecanismo usado para
restaurar a saúde intestinal e suprimir a obesidade e a síndrome metabólica que
é a indução da proteína IL-22. Ela parece prevenir a inflamação e esses
resultados contribuem para compreender a obesidade. Sem contar que oferece
informações sobre como as fibras podem promover uma saúde melhor",
afirma Gewirtz.
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