terça-feira, 30 de janeiro de 2018

EDUCAÇÃO: 1ª VEZ NA ESCOLA PODE SER MAIS FÁCIL...

FONTE: Jordânia Freitas, Tribuna da Bahia, Salvador,www.trbn.com.br

Especialistas garantem que preparar o pequeno com antecedência para ida à escola pode fazer com que essa mudança não cause tanto impacto.


Choro, birra, abraços apertados em papai e mamãe. Essa é uma cena comum na porta das escolas no início do ano letivo, principalmente envolvendo crianças que vão estudar pela primeira vez. Apesar de cada criança reagir de um jeito a essa imersão em um novo ambiente, especialistas garantem que preparar o pequeno com antecedência para ida à escola pode fazer com que essa mudança não cause tanto impacto.
De acordo com Mariane Santiago Mendes, psicóloga do Hapvida, o ideal é que antes de começar as aulas os pais levem a criança para conhecer a escola, tente se adaptar ao  novo ambiente ou até interaja com professores e futuros coleguinhas. Assim, quando as aulas começarem não haverá um estranhamento tão grande. "O choro é normal, porque a criança é acostumada a uma socialização em um local e vai para outro totalmente diferente passar a maior parte do tempo”, pontua a especialista.
Mendes diz que o tempo de integração prévia varia conforme cada estudante. Há aqueles que apenas uma tarde basta para se sentirem familiarizadas. Já outros precisam fazer mais visitas ao local. Os pais devem ficar atentos e fazer essa análise.
Conforme a psicóloga, o estudante deve ser levado para esse primeiro contato com a escola cerca de 15 dias antes das aulas começarem, pois se a adaptação não ocorrer bem no primeiro momento, haverá tempo hábil para uma nova tentativa.
A jornalista Juliana Nobre, 32 anos, foi por esse caminho. Antes de matricular o filho Vicente, de 1 ano e 2 meses, no grupo 2 da Escola Solaris, levou o pequeno para conhecer o centro educativo, justamente como uma forma de ambientá-lo no local onde ele vai passar todas as tardes a partir do próximo dia 5 de fevereiro. “Eu levei ele na escola quando eu fui fazer a matrícula. Ele super adorou. Ficou umas duas horas lá brincando com as crianças”, contou.
Juliana também mudou a decoração do quarto de Vicente, pensando especialmente nesta nova fase de aprendizado do pequeno. Ela montou um cantinho de estudos, com  mesinha, livros, lápis de cor e tinta. Conversar com Vicente sobre sua ida à escola,   mostrando o uniforme também foi uma tática desenvolvida pela jornalista, mãe de primeira viagem.
Emoção.
A ida à escola costuma ser  o primeiro momento em que pais e filhos ficarão por tanto tempo separados. A ansiedade e a tensão toma conta de muitos pais, mas Mariane Santiago Mendes alerta que é preciso controlar as emoções e mostrar confiança para que o processo de adaptação não seja prejudicado.
Ela aconselha que o pai entre na sala para tranquilizar a criança e depois se retire. “É importante que ele não entre novamente, porque se não isso vai virar um ciclo contínuo. Sempre quando chegar nesse ambiente novo ela vai chorar, porque sabe que o pai ou a mãe vai entrar na sala depois do choro.   É o  jeito que ela tem de se expressar”, pontua.
Para facilitar a vida de pais e filhos nessa imersão no mundo escolar, algumas escolas deixam que os adultos acompanhem os estudantes pelo tempo que for necessário na escola durante a primeira semana de adaptação do aluno. 
Na opinião da psicóloga, a medida é bem vinda principalmente para os estudantes que estranham mais a escola. Porém, a especialista ressalta que o responsável deve ir diminuindo aos poucos o seu tempo de permanência por lá.
Para tornar a estadia do pequeno mais prazerosa em sua “nova casa”, os pais devem observar se a escola possui um ambiente no qual seu filho vá se sentir bem. Tamanho do espaço físico e quantidade de estudantes são alguns itens a serem observados.

Para crianças com muita dificuldade de adaptação, segundo Mariane Santiago Mendes, vale deixá-las levar para escola um brinquedo que goste bastante. Contudo, ele deve ser retirado gradativamente, pois a ideia é que o pequeno passe a manipular objetos diferentes dos que já brinca em casa. “Em um local diferente, com brinquedos diferentes, ela pode aprender novos jogos e atividades”, finalizou a psicóloga do Hapvida. 

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