A partir de junho deste ano, 4 milhões de doses
mensais da vacina contra a febre amarela devem entrar no mercado, informou o
ministro da Saúde, Ricardo Barros. Ele inaugurou ontem (25), no Rio, a linha
final de produção da vacina, fruto de parceria entre o Instituto de Tecnologia
em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) e a farmacêutica Libbs. A pasta aguarda
aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a
comercialização.
“A fábrica já está produzindo a vacina e recebendo
inspeções da Anvisa. Já fez algumas correções que foram solicitadas e, no final
de março, está prevista a vistoria para liberação para iniciar a produção, a
validação da planta dentro das normas de vigilância. Se isso acontecer, em
junho, estará comercializando as doses”, explicou.
Segundo Barros, as doses vão se somar aos 4 milhões
de vacinas contra febre amarela já produzidas mensalmente por Bio-Manguinhos,
laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Vai dobrar a nossa
capacidade”, ressaltou. Questionado sobre o destino das vacinas, o ministro
explicou que parte será destinada ao estoque estratégico mantido pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), de 6 milhões de doses contra a doença.
“Exportamos um milhão de doser por ano. Eles podem
fazer solicitações variadas, mas em média, um milhão de doses. A produção
estabelecida é para garantir o abastecimento. Se houver demanda menor, usamos a
fábrica de Bio-Manguinhos para produzir outras vacinas. Ano passado, por
exemplo, nenhuma vacina tríplice viral foi feita para que fizessem mais vacinas
de febre amarela. Podemos alterar a fábrica para outras necessidades.”
A pasta
não descarta a possibilidade de abrir mão do fracionamento da vacina, uma vez
que a produção receba o novo incremento. Mas o cenário, segundo o ministro, é incerto.
“Se surgir um macaco morto com febre amarela em uma cidade de 2 milhões
de habitantes, começo a vacinar amanhã dois milhões de habitantes. Se
surgir amanhã um macaco em uma cidade de 3 milhões de habitantes, começo a
vacinar 3 milhões de habitantes. Se não surgir, não vacino ninguém”, concluiu.
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