Não é novidade para ninguém que o exercício é bom para o corpo, e há
evidências crescentes de que ficar fisicamente ativo pode ajudar a retardar o
declínio normal na função cerebral que vem com a idade. Grupos de saúde
recomendam que os adultos tentem pelo menos 150 minutos de atividade moderada a
intensa por semana para manter seus corações saudáveis - mas será que é a mesma
quantidade necessária para manter o cérebro ativo?
Em um novo estudo publicado na revista Neurology, os pesquisadores
da Universidade de Miami Miller School of Medicine, nos Estados Unidos,
decidiram encontrar uma receita de exercício para o cérebro. Os
pesquisadores examinaram quase 100 estudos existentes que conectaram exercícios
com mais de 122 diferentes testes de função cerebral.
Mais de 50 horas de
exercícios.
Com base em dados que
incluíram mais de 11 mil pessoas idosas, eles descobriram que os indivíduos que
se exercitaram cerca de 52 horas durante um período de cerca de seis meses
mostraram as maiores melhorias em vários testes de raciocínio e velocidade. Em média, as pessoas se exercitam por cerca de uma
hora, três vezes por semana.
E o efeito aplicado a pessoas sem declínio cognitivo, bem como àquelas
com déficit cognitivo leve ou demência. "Eu não acho que 52 horas é
realmente um número mágico. Existe realmente um intervalo. Mas eu penso que
estes resultados significam para nós que para obter os benefícios conhecidos do
exercício para o cérebro, para ajudar áreas envolvidas no pensamento e na
resolução de problemas - para conseguir que o maquinário funcione, você precisa
de mais exposição ao exercício”, afirma Joyce Gomes-Osman, uma das autoras do
estudo.
As pessoas no estudo
mostraram as melhorias mais fortes em sua capacidade de resolver problemas e
processar informações. O efeito não
foi tão robusto nos testes de memória, mas Gomes-Osman observa que as funções
cerebrais mais complexas, do raciocínio e velocidade de processamento até a
lembrança, estão relacionadas. “Há uma sobreposição entre poder gerenciar
tempo, prestar atenção e fazer tarefas de memória.”
Isso pode apoiar ainda mais a ideia de que, para a saúde do cérebro, o efeito
global e cumulativo da atividade física é o que é importante. Além disso, a
atividade física afeta o cérebro de várias formas diferentes, desde a
preservação da rede nervosa do cérebro que começa a diminuir com a idade, ao
aumento da função dos neurônios e à melhoria do fluxo sanguíneo para as células
cerebrais.
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