Nesta temporada de
festejos juninos, é muito importante redobrar a atenção com a visão. O ideal,
de acordo com especialistas, é tomar bastante cuidado com lugares que têm
fogueira, pois a fumaça, as cinzas e brasas, muitas vezes, ocasionam quadros de
conjuntivite alérgica ou edema de pálpebra.
De acordo com as
informações do Hospital da Bahia, nesta época, há um aumento considerável de
44% nos atendimentos em decorrência de lesões oculares diante dos demais
períodos do ano.
Segundo o
oftalmologista Viktor Dittebrandt, do DayHORC - Hospital de Olhos, a falta de
cuidado e fiscalização das crianças no manuseio dos fogos de artifício é um dos
grandes fatores que contribui para o aumento dos atendimentos. Esta semana,
inclusive, ele relatou, em entrevista ao A TARDE, ter operado uma
criança de 7 anos por conta de uma bomba que explodiu no rosto.
Agressão à visão.
Ardor, desconforto e
olhos lacrimejados são os primeiros sinais de agressão à visão. O alerta
principal feito por Viktor é de que o manuseio dos fogos de artifício seja
feito com cautela, pois os danos podem ser irreversíveis. “Se uma fagulha
atingir os olhos, por exemplo, pode causar queimadura, catarata por trauma,
mutilação das pálpebras, lesão da córnea e até descolamento de retina”,
informa.
Assim que o incômodo na
vista for sentido, o especialista aconselha que a primeira atitude seja “lavar
bem os olhos com soro fisiológico e procurar atendimento especializado o mais
rápido possível, para que haja uma avaliação da extensão do dano causado”.
A utilização dos fogos
costuma ser o grande causador de queimaduras, mutilações e cegueira nesta época
do ano. As queimaduras, ainda que leves, atingem a córnea e podem comprometer
seriamente a visão. Como solução, após procurar um oftalmologista, Viktor
afirma que geralmente, dependendo da extensão do dano, apenas o uso de
antibióticos e lubrificantes já ajudará.
“Se houver presença de
corpo estranho, é de extrema urgência retirá-lo e depois iniciar tratamento com
medicações. Caso haja perfuração dos olhos, deve ser ocluído e encaminhado com
urgência para um pronto atendimento especializado para realizar abordagem
cirúrgica”, completou.
Geralmente, a primeira
atitude que as pessoas tomam ao se ferirem é buscar soluções caseiras para o
ocorrido. Segundo o especialista, “usar remédios caseiros ou colírios que não
saibam para que serve é algo que definitivamente não pode acontecer, pois, com
isso, há grande risco de piorar o quadro e agravar as lesões”.
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