A
doença pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias,
vírus, parasitas e fungos, ou também por processos não infecciosos.
A morte de um idoso, de
75 anos, com diagnóstico de meningite bacteriana, na manhã da última
quinta-feira, no Hospital da Base de Itabuna, sul do estado, chama a atenção
para os cuidados com a doença que, de acordo com o último Boletim
Epidemiológico emitido pela Secretaria de Saúde estadual (Sesab), levou a óbito
48 pessoas (17,5% desse total pelo tipo bacteriana), além dos 461 casos
registrados (33% pelo mesmo tipo) pelo órgão ano passado.
De acordo com o G1
Bahia, Manoel Ferreira de Oliveira, 75 anos, chegou à unidade na terça-feira,
em estado grave. O idoso morava no distrito de Areia Branca, município de
Jussari, distante cerca de 50 km de Itabuna e a 505 km de Salvador. Ele chegou
a ser medicado, mas não resistiu. O sepultamento ocorreu também na última
quinta-feira.
Conforme informações do
hospital, o idoso chegou desorientado, com situação grave de otite, que é uma
infecção no ouvido. Ainda segundo o portal, com suspeita de que o quadro
tivesse evoluído para meningite, o paciente foi isolado e um exame constatou o
diagnóstico de meningite bacteriana. Em caso de uma infecção acentuada, há o
risco de a otite desencadear uma meningite, pois a meninge passa próximo do
ouvido médio.
Causas.
De acordo com o
Ministério da Saúde, a meningite é um processo inflamatório das meninges,
membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por
diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos, ou
também por processos não infecciosos. As meningites bacterianas e virais são as
mais importantes do ponto de vista da saúde pública, devido sua magnitude,
capacidade de ocasionar surtos e, no caso da meningite bacteriana, a gravidade
dos casos.
No Brasil, a meningite
é considerada uma doença endêmica, deste modo, casos da doença são esperados ao
longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. A
ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no inverno e, das virais, no
verão. Ao longo de todo o ano de 2016, a Sesab registrou 517 casos – 210 do
tipo viral e 151 do tipo bacteriana –, com 50 mortes pela doença.
Segundo especialistas,
os principais sinais e sintomas são febre, dor de cabeça, vômitos, náuseas,
rigidez de nuca e/ou manchas vermelhas na pele. O diagnóstico de meningite pode
ser feito tendo como base o histórico do paciente, um exame físico e alguns
exames específicos, como cultura de sangue e exames de imagem que procurarão
por sinais de infecção pelo corpo.
A transmissão da
doença, de acordo com o Ministério da Saúde, ocorre de pessoa a pessoa, através
das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Ou
seja, é contagiosa. Entre as formas de prevenção estão, além da vacinação,
evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos.
Ainda conforme o
Ministério, o tratamento é feito é feito de acordo com a causa da meningite
diagnosticada pelo médico, variando desde o tratamento para alívio dos sintomas
(nas meningites virais e traumáticas) até a antibioticoterapia. De um modo
geral, esta é administrada por via venosa por um período de 7 a 14 dias, ou até
mais, dependendo da evolução clínica e do agente etiológico.
A precocidade do
tratamento e diagnóstico são fatores importantes para o prognóstico
satisfatório das meningites. Quanto mais rápido o atendimento médico, maiores
as chances de uma boa recuperação do paciente, reduzindo o risco de óbito ou
sequelas como paralisia dos membros, perda auditiva, perda da visão, entre
outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário