segunda-feira, 4 de junho de 2018

UMA SIMPLES LESÃO NA CABEÇA PODE AUMENTAR EM 56% O RISCO DE PARKINSON...


FONTE:, https://vivabem.uol.com.br




Pessoas que foram diagnosticadas com uma leve concussão ou lesão cerebral traumática leve podem ter um aumento de 56% no risco de desenvolver a doença de Parkinson, de acordo com um estudo publicado no periódico Neurology.

Para o estudo, os pesquisadores identificaram 325.870 veteranos de guerra com idades entre 31 e 65 anos de três bancos de dados médicos dos Estados Unidos. Metade dos participantes do estudo foram diagnosticados com uma lesão cerebral traumática leve, moderada ou grave, e metade nunca sofreu lesão.

A lesão cerebral traumática moderada a grave foi definida como perda de consciência por mais de 30 minutos, alteração da consciência por mais de 24 horas ou amnésia por mais de 24 horas. Lesão cerebral traumática leve foi definida como perda de consciência por zero a 30 minutos, alteração da consciência de um momento para 24 horas ou amnésia por zero a 24 horas.

Os voluntário foram acompanhados por uma média de 4,6 anos. No início do estudo, nenhum tinha doença de Parkinson ou demência. Mas entre o primeiro ano após o início do estudo e 12 anos depois, 1.462 dos participantes foram diagnosticados com doença de Parkinson.

Depois que os pesquisadores ajustaram a idade, sexo, raça, educação e outras condições de saúde como diabetes e pressão alta, eles descobriram que aqueles com qualquer tipo de lesão cerebral traumática tinham um aumento de 71% no risco de doença de Parkinson; entre aqueles com traumatismo moderado a grave, a lesão teve um risco aumentado de 83%; e aqueles com lesão cerebral traumática moderada tiveram um aumento de 56% no risco de Parkinson.

Os pesquisadores também descobriram que aqueles com qualquer forma de lesão cerebral traumática foram diagnosticados com a doença de Parkinson, em média, dois anos mais cedo do que aqueles sem lesão cerebral traumática.

"Este estudo destaca a importância da prevenção de concussão, o acompanhamento a longo prazo dessas pessoas e a necessidade de futuros estudos para investigar se existem outros fatores de risco para a doença de Parkinson que podem ser modificados após alguém ter uma concussão", disse a principal autora do estudo Raquel C. Gardner, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. "Enquanto o nosso estudo analisou os veteranos, acreditamos que os resultados podem ter implicações importantes para os atletas e para o público em geral também."

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