A Pfizer e a Biontech
SE disseram hoje que começaram a entregar doses de suas vacinas de coronavírus
experimentais para testes iniciais em humanos nos Estados Unidos.
A farmacêutica
norte-americana e a parceira alemã disseram que, se a vacina provar ser segura
e eficaz nos testes, ela poderá estar pronta para ampla distribuição nos EUA
até o final do ano, afastando vários anos do cronograma típico de
desenvolvimento da vacina.
A vacina, que usa a
tecnologia RNA mensageiro (mRNA), tem o potencial de estar entre as primeiras
vacinas contra o vírus que infectou mais de 1 milhão de pessoas nos Estados
Unidos e matou cerca de 68 mil.
Atualmente, não existem
tratamentos ou vacinas aprovados para o novo coronavírus, embora alguns
medicamentos estejam sendo usados em pacientes sob uma autorização de uso
emergencial.
O estudo nos EUA faz
parte de um programa global mais amplo já em andamento na Alemanha, onde a
BioNTech está sediada. A administração de doses lá começou no mês passado.
A Moderna está usando
tecnologia semelhante para que sua vacina seja desenvolvida junto com o governo
dos EUA. O teste da fase I desse candidato a vacina também começou, com os
testes intermediários planejados para o trimestre atual.
A Pfizer disse na
semana passada que espera receber autorização de emergência da agência de
vigilância sanitária Food and Drug Administration (FDA) dos EUA em outubro e pode
distribuir até 20 milhões de doses até o final de 2020, com vistas a produzir
centenas de milhões de doses no próximo ano.
"Mesmo indo de
alguns milhões a 20 milhões, permitirá proteger os epicentros do vírus e
expulsar o vírus da nossa sociedade, à medida que aumentamos para centenas de
milhões", disse o chefe de pesquisa da Pfizer, Mikael Dolsten, em
entrevista à Reuters.
O uso da tecnologia de
mRNA sintético pode permitir que a vacina seja desenvolvida e fabricada mais
rapidamente do que as vacinas tradicionais, disseram as empresas.
A Pfizer disse na
semana passada que espera disponibilizar dados de segurança sobre a vacina no
final de maio.
Ambas as empresas
comercializarão em conjunto a vacina, se aprovada.
*** Reportagem de Carl
O'Donnell e Michael Erman em Nova York.
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